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Enviada em: 29/05/2018

Segundo o humanista Mahatma Gandhi, a grandeza de um país pode ser julgada pelo modo que seus animais são tratados. Nessa perspectiva, hodiernamente, a constante crueldade praticada contra os animais, seja pela ineficácia legislação brasileira, seja pela desumanização dos indivíduos corrobora para as contradições mais perversas na grandeza de um país em desenvolvimento. Assim deve-se discutir as vertentes que englobam essa inadmissível realidade com os nossos animais.         Em uma primeira análise, é indubitável que a falta de humanidade da população fomenta o desrespeito na integridade  dos animais. Nesse contexto, em consonância com o filosofo Peter Singer, a maioria das pessoas são especistas por natureza, logo, tendem a priorizar sua própria espécie em detrimento das demais. Sobre esse ângulo, muitos indivíduos ligados a um ideal de superioridade sem um desenvolvimento ético e moral formado, visualizam nos animais máquinas privadas de conhecimento e sentimentos, não evidenciando em suas atitudes negativas como, por exemplo, nos sacrifícios destes em rituais religiosos, em rodeios, bem como em maus-tratos cotidianos de animais domésticos o real sofrimento desses. À vista de tais preceitos, percebe-se o quanto a integridade dos animais se fragiliza com a falta de sensibilidade e altruísmo dos indivíduos.              Outrossim, é factível que a ineficiência das leis constitucionais contribuem para os obstáculos na preservação digna dos animais. Nesse âmbito, embora garantido pela Constituição brasileira o direito dos animais serem respeitados e tutelados pela população e Estado, tais direitos, não são assegurados na realidade, uma vez que a ausência de uma penalidade mais rigorosas, bem como uma fiscalização mais eficaz em relação as crueldades contra os animais, reflete num ambiente de impunidade a esses crimes. Em decorrência disso, evidenciamos muitas situações, por exemplo, de animais expostos a situações degradantes em frigoríficos, assim como estruturas de transporte ( espremidos em número excessivo) e abates que ferem com a dignidade desses.            É imperativo, portanto, um sinergia entre o Estado e a população no embate a esse empecilho na sociedade. A priori, faz-se necessária a maximização do ensino humanista nos ambientes educacionais, mediante a promoção, pelo Ministério da Educação em parceria com escolas públicas e privadas, de palestras e oficinas, desenvolver nos alunos um pensamento de respeito e altruísmo pelos animais, a fim de que o tecido social futuro se desprenda de certos ideais de superioridade em relação a esses. Concomitantemente, ao Estado e setores de preservação da fauna, cabe o objetivo de fiscalizar de forma organizada locais mais propícios de imprudências com os animais, como frigoríficos, bem como divulgar nos meios de comunicação o real sofrimento desses.