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Enviada em: 25/06/2018

“A concordância faz com que permaneçamos estacionados. A discordância proporciona crescimento.” A frase do escritor e filosofo contemporâneo Mario Sergio Cortella, nos permite refletir sobre a situação dos maus tratos aos animais no Brasil, especialmente à provocada pelo hábito de consumir carnes e laticínios – principais causadores de sofrimento – e atualmente apoiado e perpetuado à gerações vindouras.     Convém ressaltar, a princípio, que matar e esquartejar o corpo de um animal é uma tortura imensurável, entretanto, a maioria dos brasileiros praticam esse crime diariamente ao consumir carne. De acordo com dados do IBGE a ingestão anual “per capita” é em média 50 kg dessa matéria considerada alimento. Tal panorama evidencia o distanciamento entre os indivíduos carnívoros desses bichos que também são também merecedores de proteção.      Outro ponto relevante é o sofrimento extremo causado na fabricação de laticínios, que tem o leite de vaca como principal matéria-prima. Pois, em virtude da produção em larga escala, os espécimes fêmeas são obrigadas a estarem gestantes e lactantes durante toda a vida, além de serem separadas dos filhotes precocemente, também são destinadas ao descarte quando não apresentam eficiência leiteira. Evidentemente esses indivíduos são tratados como produtos com o único objetivo de geração de lucro ao proprietário.     Parafraseando Cortella, faz-se necessário discordar dessa realidade abusiva destinada aos seres vivos supracitados. Para isso, cabe aos órgãos publicitários estimular a população usar produtos de origem vegetal como alternativa de substituição aos atuais existentes, com o foco na proteção animal. Além disso, o ministério de ciências, tecnologia e inovação deve destinar recursos no desenvolvimento de carnes e laticínios em laboratório, visando o minimizar o sofrimento animal. Dessa forma, será possível reverter um passado de maus tratos a tal parcela de seres e ofertar condições de vida mais dignas a esses animais.