Materiais:
Enviada em: 19/06/2018

No século VIII a.C., o conceito de cidadania surgiu na Grécia. Porém, na Idade Média, o hierarquismo católico obstaculizou sua existência. Por isso, somente no Renascimento, com Aristóteles, que a cidadania ressurgiu. Hoje, exercer a cidadania é participar no destino da sociedade, votar, ser votado, ter direitos políticos, contudo, ser cidadão vai além do voto, abrangendo também o combate aos maus-tratos a animais. Assim, nota-se que aspectos macrossociais confluem para essa problemática no país.    A priori, observa-se a intenção do agressor de machucar um animal causando-lhe dor e sofrimento de imediato. Segundo o jornalista Benjamin Franklin, o menino que se indigne diante dos maus-tratos aplicados aos animais será bom e generoso com os homens. Entretanto, muitas crianças e adolescentes que agrediram seus animais domésticos já presenciaram violência em casa. Prova disso são os animais maltratados encontrados em moradias em que houve antecedentes de abuso físico. Por conseguinte, esses jovens vulneráveis a agressões domésticas são mais propensos a serem malvados com os animais de estimação. Dessa forma, as grandes mudanças começam dentro de casa a partir do reforço de certos valores familiares.   Outrossim, percebe-se que o grande obstáculo para o bem-estar animal é a legislação branda. Isso acontece porque, na prática, essa lei fomenta a impunidade e ajuda a manter uma cultura de descaso frente à segurança dos animais. Bom exemplo disso são os agressores de animais que saem das delegacias mais rápido que os policiais que o levaram até lá. Segundo o professor da UFRJ Daniel Lourenço, necessita-se aumentar a pena do crime de maus-tratos com a finalidade do infrator sofrer penas maiores nos casos mais graves. Assim, haverá mais prisões e menos pagamentos de multas ou cestas básicas.   Fica claro, portanto, que a persistência dos atos é fruto da violência intrafamiliar e de uma legislação pouco eficaz. Desse jeito, cabe aos pais, em parceria com as escolas, elaborarem um projeto escolar, recorrendo a equipes educativas capazes de realizarem palestras sobre esse tipo e assunto, a fim de reforçarem valores que fortaleçam os jovens como sociedade para reduzir a crueldade contra os animais. Ademais, o Ministério do Meio Ambiente junto as Organizações Não-Governamentais Ambientais, promovam a campanha Abril Laranja na televisão, no rádio, na internet e em redes sociais durante o ano todo, com o propósito de divulgar que, ao cometer maus-tratos contra animais, a infração pode resultar até mesmo em prisão, com o intuito de estimular a consciência individual dos cidadãos para fazer escolhas que nao maltratem os animais e, alcançar a máxima da missionária Madre Teresa de Calcutá, de não esperar por grandes líderes, fazer você mesmo, pessoa a pessoa.