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Enviada em: 24/06/2018

Racionalizar.     A grande maioria dos maus tratos contra os animais no Brasil são amparados e protegidos pela legislação federal. A atividade comercial voltada para o abate de animais protagoniza o extermínio em massa. É importante, então, debater e analisar o quão longe o homem tem aproveitado sua superioridade racional para dominar os outros animais e romper os limites a favor do comércio através dessa atividade produtiva.     Nesse hiato, é necessário salientar que o homem encontra-se no topo da cadeia alimentar devido à sua inteligência - como aponta matéria publicada pela revista Superinteressante em 5 de abril de 2017. Inteligência essa que aliada à busca pela sobrevivência é responsável pela configuração atual da sociedade, já que, com a estatização sedentária do homem a criação de animais  tornou-se fundamental na estrutura social vigente.      Além disso, com o advento do Capitalismo, a atividade criacionista de subsistência passou a ser vista de modo comercial. Portanto, é sobre essa ótica que a problemática encontra-se. Pois, com a alta rentabilidade do negócio, criadores e abatedouros legalizados têm anistia para o exercício de suas práticas.     Outrossim, é a força desse mercado que faz parte do agronegócio nacional. Um exemplo é a empresa JBS S.A., que figura como a maior exportadora do Brasil no ramo de carne bovina. Ou seja, a expressão da atividade entrelaçada ao lucro e ao viés político, não abre discussão para tamanha crueldade em que seres vivos são produzidos (em massa).      Em virtude dos fatos mencionados, entende-se que a atividade produtiva de animais necessita ser reavaliada. Faz-se necessário o Congresso Nacional criar uma lei visando estabelecer um limite produtivo e principalmente abates humanitários, mas, para isso, o Ministério da Fazenda deve arcar com a responsabilidade de mobilização de fiscais durante os processos. Deste modo, a mesma racionalidade que coloca o homem acima dos animais, deve reconhecer os direitos dos animais e combater os maus tratos.