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Enviada em: 25/06/2018

Atirar o Pau no Gato: De Quem é a Culpa?      Na cantiga "Atirei o Pau no Gato" observa-se a intrínseca educação de maus tratos aos animais que é passada às crianças. Desse modo, posturas que agregam formas de tortura aos bichos são normalmente denunciadas em todo o Brasil por meio de exposição de vídeos e fotos, os quais comprovam a veracidade da frase de Mark Twain, de que "dentre todos os animais, o homem é o único que é cruel." Dessa forma, convém analisarmos as causas das torturas e sua subjetiva presença em manifestações culturais.       Em primeira análise, é sabido que o mau trato ao animal não se resume somente em violência física, mas também faz-se presente no abandono, acorrentamento e exploração comercial. Nesse ínterim, quando ligada a fatores comerciais, é notório que as formas de crueldade aos animais possuem como principal causa o extremo desejo de participar ativamente dos progressos capitalistas, ainda que tais reivindiquem o respeito às vidas "irracionais". Outrossim, o mau trato pode ser resposta da educação recebida pela sociedade, a qual não relaciona a importância dos seres vivos aos progressos sociais.      Ademais, a violência contra os animais faz-se presente subjetivamente em manifestações culturais, como na vaquejada presente no Nordeste brasileiro e as brigas de galo, mais presentes em locais de área rural e de menor educação. A vaquejada, por exemplo, viola os direitos dos animais assegurado na Constituição Federal de 1988, o qual efetivam o respeito a fauna e a flora do Brasil, pois eles contribuem para um ambiente ecologicamente equilibrado. Diante do exposto, parafraseando a célebre frase de Jean Piaget, o principal objetivo da educação é criar pessoas capazes de fazer coisas novas e não simplesmente repetir o que outras gerações fizeram, ainda que isso custe a mudança de manifestações culturais para garantir a segurança dos bichos.        Diante dessa problemática, constata-se que a principal solução de mudança para o tratamento aos animais está nos processos educacionais do ensino básico. Diante disso, o Ministério da Educação, em parceria com entidades protetoras, deve promover, anualmente, palestras em escolas municipais e particulares que relatem a importância do respeito entre seres vivos. Isso poderá ser feito por meio de vídeos apelativos que tratem a relevância do cuidado e a promoção do contato público-animais, a fim de contribuir para a formação de cidadãos mais tolerantes e erradicar quase completamente o ensino de violência recebida pelas crianças. Assim, cantigas como "Atirei o Pau no Gato" serão desenraizadas da educação brasileira.