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Enviada em: 07/07/2018

Leonardo da Vinci, artista renascentista italiano, certa vez declarou: "Chegará o dia em que o homem conhecerá o íntimo de um animal. Nesse dia, um crime contra um animal será um crime contra a própria humanidade." Hodiernamente, o aumento das denúncias em relação aos maus tratos com animais supõe que a previsão do artista está próxima de se confirmar. Nesse âmbito, dois aspectos são preponderantes: a incompreensão popular e a dificuldade em superar a herança histórica.      Diante desse cenário, percebe-se a existência de uma indiferença popular em relação ao sofrimento animal. Esse fato, consoante com o pensamento de Arthur Schopenhauer de que o limites da visão de uma pessoa determina suas opiniões sobre o mundo, faz com que o governo, que tende a atender apenas às maiorias, reflita o pensamento da sociedade e ignore o problema. Isso fica evidente diante dos ínfimos investimentos no combate à violência contra os animais, que ainda está longe de ser erradicada.    Ademais, a humanidade, ao longo da história, nunca respeitou devidamente os animais. Isso faz com que o pensamento popular, até hoje, seja guiado a desprezá-los. No entanto, houve tentativas de se mudar isso: é o caso de São Francisco de Assim, um homem que lutou para demonstrar que proteger os animais é um ideal cristão. Porém, esse tipo de tentativa não obteve grande visibilidade, e é justamente isso que precisa mudar para solucionar o problema.     Portanto, conclui-se que mudanças são necessárias para a devida proteção dos animais. É preciso que o Governo Federal, juntamente com o Ministério da Educação, financie projetos educacionais nas escolas. Tais projetos devem contar com uma ampla divulgação midiática e devem incluir o ensino de ideias de pessoas que lutam pela defesa dos animais. Isso pode ser feito através de dinâmicas, jogos ou trabalhos propostos pelos educadores, que terão o intuito de provocar a reflexão e induzir as crianças à boa conduta com os animais. Dessarte, certamente, chegará o momento de dizer: "Da Vinci estava correto!"