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Enviada em: 10/07/2018

Ancestralidade comum    Descortinando o período neolítico, encontra-se ampla participação dos animais nos processos de sedentarismo e evolução do homem, posto que, a domesticação de bichos foi crucial para o desenvolvimento do pastoreio, transporte e agricultura. Não obstante, o continuísmo da dependência animal se reflete em tempos hodiernos, porém a sobrecarga posta nos animalejos configura-se como maus tratos e carece de solução.      Em primeira instância, o homem apega-se ao especismo para justificar os abusos praticados com os animais, como chicotadas em cavalos de transporte e testes químicos laboratoriais que prejudicam a saúde das bestas usadas como cobaias. No entanto, o conceito darwinista refuta o argumento de que eles não têm percepção de dor e sofrimento semelhante à espécie humana, visto que, pela teoria evolutiva, há ancestrais comuns, portanto, sensações parecidas.     Ainda nesse contexto, a perpetuação de práticas atrozes como derrubadas de bois em vaquejadas e torneios de brigas de galos, reiteram a teoria "Habitus" de Bourdieu, que afirma a reprodução de padrões impostos ao longo das gerações, ainda que nesse caso, o "parentesco" partilhado pelo reino animalia seja de senso comum na atualidade.     Por conseguinte, é mister a fiscalização de maus tratos contra os bichos e a ampliação de postos de denúncias a fim de mitigar o problema vigente. Desta forma, a Promotoria da Justiça deve, em parceria com ONGs locais, criar plataformas digitais que facilitem denúncias de maus tratos, contribuindo, portanto, para o conhecimento dos autores das práticas truculentas, logo, para a punição dos mesmos. Ademais, mídias digitais têm amplo poder de divulgação e podem auxiliar a difundir o número de denúncias. Assim, as relações interespecíficas do reino animalia, serão, enfim, protocooperativas, abandonando o caráter maléfico outrora vigente.