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Enviada em: 17/07/2018

Desde os primórdios da humanidade, o homem está acostumado a conviver com a presença e companhia de animais das mais diversas espécies. Apesar disso, os maus tratos contra bichos no Brasil tem se mostrado um problema de grande ocorrência. A mentalidade retrograda presente em parte da sociedade e a ineficiência das políticas públicas ilustram esse cenário.         Segundo o levantamento da Policia Civil do Estado de São Paulo, a cada ano cerca de 7500 animais são vítimas de alguma forma de violência. O número reflete uma visão comum socialmente: a crença que todas as espécies são inferiores e, por isso, devem apenas servir a raça humana. Esse ponto de vista representa uma grande ameaça a integridade dos animais mais vulneráveis, que se tornam um constante alvo de maus tratos. Para além, também influência diretamente no alto índice de abandono, já que suas individualidades não são respeitadas, assemelhando-se o bicho a um objeto descartável.            Em um outro aspecto, as condições de grande parte dos canis são precárias. Atualmente, a castração de cães e gatos no Brasil é insatisfatória, mantendo essa população em um desenfreado crescimento. O que contribui para a superlotação dos abrigos, que não são capazes de cuidar da alta demanda, mantendo diversos animais em condições que configuram maus tratos, como a fome por falta de ração. Ademais, também não garantem a segurança do animal depois de adotado, culpa de inexistência de uma fiscalização.           Sabendo disso, Estado e sociedade devem se unir visando ampliar a dignidade de vida a outros seres. Primeiramente, o Ministério da Cultura deve investir e cartilhas e propagandas televisivas a respeito da importância da vida animal, além de promover festivais que contem com a presença de animais para a adoção, permitindo a conscientização através da informação e da interação. É uma responsabilidade civil, por sua vez, educar as futuras gerações para diminuir a mentalidade antropocêntrica através do dialogo, reafirmando sempre a necessidade de respeitar a todas as espécies. Por fim, o governo deve ceder uma maior verba aos abrigos do país, que deve ser utilizada na contratação de mais veterinários que realizem a castração de cachorros e gatos de rua, na manutenção do ambiente, evitando qualquer empecilho na estadia dos animais e na remuneração de profissionais que acompanhem as famílias que adotaram, certificando-se da segurança do bicho fora do canil.