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Enviada em: 28/07/2018

Nos meses que antecederam a Copa do Mundo de 2018, o Governo Russo, segundo o jornal El País, promoveu uma "limpeza sangrenta" pelas ruas de seu território; milhares de cães, que circulavam pelas cidades-sede do torneio global, foram executados. Todavia, essa triste notícia não alastrou-se sobre o solo brasileiro, afirmando a falta de empatia, com os bichos, do povo canarinho. Nesse prisma, de modo análogo ao ocorrido na Euro-Ásia, inúmeros animais da nação verde e amarela, mesmo sem capacidades verbais, clamam por suas vidas.       Em primeira instância, é indubitável que o Governo Brasileiro exerce uma fraca atuação acerca da questão dos maus-tratos animalescos. Sob tal perspectiva, cabe destacar que, até mesmo, o cruel Governo Nazista de Hitler adotara contundentes medidas políticas de proteção ao animais, sendo uma das nações pioneiras no assunto. Em contra-partida, o país tupiniquim - que tanto enfatiza as vertentes bondosas que correm por seu solo - carece de atos constitucionais que forneçam cuidados a esses seres. Logo, casos de agressões a animais vêm tornando-se, progressivamente, recorrentes, visto que o Estado negligencia tais ocorrências.       Outrossim, o célebre Ferdinand de Saussure, lamentavelmente, estava certo ao depreender que o tempo muda todas as coisas. Nesse viés, ressalta-se que os primeiros hominídeos que habitaram o Planeta Azul caçavam outros mamíferos, apenas, com a intenção da subsistência. Some-se, ainda, o fato de que, antes da chegada dos europeus, os índios que habitavam o território brasileiro praticavam, também, a caça e a pesca, mas objetivando a sobrevivência. Contudo, séculos passaram-se e, hoje, o ser humano exerce uma assídua exploração do mundo animal, seja visando o lucro, seja emitindo suas emoções por meio de agressões físicas. Por conseguinte, faz-se crucial combatermos as sequelas que o vetor cronológico provocou na atual sociedade, contrariando, assim, a máxima de Saussure.        Infere-se, em suma, que os animais, também, deveriam ter acesso aos Direitos "Humanos". Para isso, medidas cabais - vindas, ora do corpo social, ora dos órgãos governamentais - devem ser efetivadas. Destarte, torna-se ponderável que o Ministério dos Direitos Humanos exerça práticas de proteção aos animais, bem como aos cidadãos, visto que eles são portadores de sentidos e sentimentos. Ademais, o Ministério Público deve financiar, de modo ávido, organizações não governamentais, como a Centro de Apoio aos Protetores e Animais - CAPA -, que, sem desejos financeiros, fornecem amparo aos bichos maltratados. Somente sob tais pontos de vista, cães, gatos e outros animais conceituarão a cor vermelha como a cor do amor, não como a coloração do sangue que, pela brutalidade humana, escorreu por seus pêlos.