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Enviada em: 27/08/2018

Apesar de se destacar como potência econômica mundial, o Brasil ainda vivencia problemas sociais arcaicos como a violência para com os animais. Logo, os maus tratos aos animais são uma triste realidade a ser combatida, tendo em vista não só a ascensão do comércio de animais exóticos, como também a omissão da sociedade ao não denunciar.    Em primeiro plano, historicamente, Pero Vaz de Caminha em carta escrita ao rei de Portugal, descrevia o potencial rentável de nossa biodiversidade. Séculos depois, o pensamento arcaico que visa apenas o lucro ainda perdura em nossa sociedade. Prova disso é que a venda ilegal de animais exóticos é o terceiro comércio clandestino mais rentável do mundo, segundo a BBC. Com isso, além de os animais serem submetidos à condições degradantes - sem alimento adequado e em gaiolas minúsculas - o tráfico corrobora para a extinção de espécies. Logo, o egoísmo humano desencadeia desequilíbrios ambientais que afetam toda a cadeia alimentar, podendo levar outras espécies à morte.    Ademais, é evidente que desde o Iluminismo, a sociedade só muda quando se mobiliza pelo problema do outro. Entretanto, apesar de avanços como a promulgação da Lei de Proteção aos Animais, a passividade comunitária e inclusive de autoridades em relação à situações de maus tratos, ainda é um entrave para o combate da problemática. Isso se evidencia por não ser reconhecido popularmente como passível de punições severas. Com isso, por ser pouco denunciado, o combate ao abandono e maus tratos é comprometido, perpetuando a violência.     Diante desse contexto, torna-se necessária a adoção de medidas. Primeiramente o IBAMA, pode implantar chips de localização em animais em risco de extinção, de modo à facilitar o trabalho da polícia ambiental na fiscalização de rotas suspeitas e à diminuir a ação de quadrilhas de tráfico de animais. Além disso, ONGs de proteção ao animal podem realizar palestras nas comunidades para esclarecer a importância de denunciar casos de maus tratos aos animais, de modo a informar a população.