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Enviada em: 01/11/2017

No século XVI, os macacos sul-americanos já eram encontrados como animais de estimação nas residências inglesas, visto que no Brasil, o hábito de criar aves canoras como mascotes foi herdado dos índios pelos habitantes. Hoje em dia, o país ocupa o quarto lugar em população total desses ''bichinhos''. No entanto, ainda se esbarra em muitos episódios de maus-tratos contra os animais, apesar dos avanços legais na proteção dos mesmos nos últimos anos. Em vista disso, é preciso analisar  de que forma o ambiente familiar e como a lei atual é insuficiente para proteger os animais desse tipo de hostilidade.       Em uma primeira análise, observa-se a intenção do agressor de machucar uma animal causando-lhe dor e sofrimento de imediato. Segundo o jornalista Benjamin Franklin, o menino que se indigne diante dos maus-tratos aplicados aos animais será bom e generoso com os homens. Entretanto, muitas crianças e adolescentes que agrediram seus animais domésticos, já presenciaram violência em casa. Prova disso são os animais maltratados encontrados em moradias em que houve antecedentes de abuso físico. Por conseguinte, esses jovens vulneráveis à agressões domésticas são mais propensos a serem malvados com os animais de estimação. Dessa forma, as grandes mudanças começam dentro de casa a partir do reforço de certo valores familiares.     Em uma segunda abordagem, percebe-se que o grande obstáculo para o bem-estar animal é a legislação branda. Isso acontece porque na prática essa lei fomenta a impunidade e ajuda a manter uma cultura do descaso frente a segurança dos animais. Bom exemplo disso são os agressores de animais que saem das delegacias mais rápido que os policiais que os levaram até lá. Segundo o professor da UFRJ Daniel Lourenço, necessita-se aumentar a pena do crime de maus tratos com a finalidade do infrator sofrer penas maiores nos casos mais graves, uma vez que os direitos dos animais, tratado com recursos, ainda está inserido no direito ambiental. Assim, haverá mais prisões e menos pagamentos de multas ou cestas básicas.      Fica claro, portanto, que a persistência dos atos e comportamentos violentos com os animais é fruto da violência intrafamiliar e de uma legislação mais eficaz. Dessa forma, cabe aos pais, em parceria com as escolas, elaborarem um projeto escolar, recorrendo a equipes educativas capazes de realizarem palestras sobre esse tipo de assunto, a fim de reforçarem valores que fortaleçam os jovens como sociedade para reduzir a crueldade contra os animais. Ademais, o Congresso Nacional deve criar um novo Código Penal mais específico e com o aumento das penas, a fim de tornar a aplicação da lei mais facilitada para punir abandono e omissão de socorro a animais.