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Enviada em: 03/11/2017

Por um olhar holístico       No cotidiano moderno a violência acontece com todos e em todo lugar, com os animais não é diferente. É perceptível o crescimento da violência gratuita aos animais, que vulneráveis, sofrem rotineiramente com tais maus-tratos. Nesse sentido, infere-se a importância de desenvolver no Brasil uma política eficiente, construindo uma consciência que agregue ética e respeito e que inclua os animais, que não merecem ser violentados.         De acordo com o Jornal Folha de S. Paulo, um em cada quatro animais de estimação sofrem ou já sofreram maus-tratos. Já de acordo com o Jornal Estadão, em Julho de 2014 foram registrados 4,4 mil boletins de ocorrência referentes a violência animal. Esses números impressionam e trazem para a sociedade a importância de cobrar do Governo políticas eficientes que construam no cidadão a consciência ética e coloquem em prática o olhar altruísta, dissipado na sociedade atual. Assim, enquanto a sociedade não perceber essa importância, os animais continuarão a ser violentados e os violentadores continuarão impunes, sendo um perigo para a sociedade, pois, parafraseando Chico Mendes: se o homem não respeita a natureza e os animais, jamais será capaz de respeitar o próximo.       A Constituição Federal traz como crime a prática de violência ao animal com pena de reclusão de três meses à um ano desde fevereiro de 1998. Nesse contexto, se tal Lei estivesse valendo-se na prática, os índices de crime ao animais não teria aumentado significativamente como nos dados apontados. Dessa maneira, é necessário instituir uma modernização da Lei que a coloque de maneira efetiva na sociedade. Por conseguinte, é importante que a sociedade entenda a relevância de trazer o tema da violência aos animais para o cotiano, dialogue sobre e cobre das entidades medidas eficientes, como a criação de um órgão específico para tratar tal problema.        Por tanto, a fim de diminuir o número de casos com violência animal, controlar e punir os violentadores, é necessário a criação da Delegacia do Animal. Tal entidade será efetivada pelo Ministério da Justiça, mantida pela esfera Federal e contará com policiais capacitados, instruídos por veterinários, para lidar com denúncias e problemas relacionados aos maus-tratos animais. Para além disso, essa criação será a entidade responsável por produzir a atualização da Lei Nº 9.605 que aborda a violência animal com o objetivo de moderniza-la e transformá-la em uma Lei efetiva, capaz de reduzir os números de casos registrados. Dessa maneira, como dito o sociólogo Augusto Comte, será possível uma sociedade humanizada e pautada nos princípios do olhar holístico.