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Enviada em: 21/02/2018

Os maus-tratos contra animais ainda permeiam o cotidiano brasileiro. Apesar dos investimentos em campanhas de conscientização, não é rara a divulgação de imagens e notícias sobre o tema nos meios de comunicação. No entanto, é necessário que se entenda o porquê das existência desse problema na sociedade contemporânea.        Segundo o historiador Yuval Harari, em sua obra "Sapiens", o homem foi capaz de se sobrepor às outras espécies, fato que se exemplifica na domesticação de animais no período Neolítico. Ou seja, há mais de seis mil anos a sociedade considera que todas as outras espécies estão subordinadas aos humanos. Tal premissa estimula atitudes de representação de "poder" por parte de pessoas que maltratam animais e geram um sentimento de impunidade para quem considera pertencer à espécie "superior".        Além disso, a ausência de mecanismos eficientes que combatam os maus-tratos contra animais não incentiva a população a denunciar os casos rotineiros, o que, segundo Martin Luther King, é caracterizado como "o silêncio dos bons em detrimento ao grito dos maus". Mesmo com os recursos tecnológicos atuais, como redes sociais, smartphones e acesso à internet, ainda há um desafio relacionado à conversão de relatos através de vídeos, imagens e postagens em fiscalizações contundentes e cumprimento da lei.        Portanto, cabe ao Ministério do Meio Ambiente, em parceria com o IBAMA e ONGs de proteção aos animais, incrementar ao seu sistema de fiscalização as denúncias através das mídias sociais, utilizando sistemas computadorizados e agentes de patrulha, o que contribui para a diminuição dos índices de maus-tratos e para um meio-ambiente mais digno para a população brasileira.