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Enviada em: 28/02/2018

Para os anjos de quatro patas       A sociedade se detém em acreditar que a capacidade cognitiva humana é superior aos outros seres vivos, e para uma parte dela esses seres inferiores existem para satisfazer seus desejos, infelizmente. As leis brasileiras no que se referem à proteção dos animais são avançadas, embora as pessoas ainda não tenham se adequado a elas, segundo a direção da Associação Pro Anima. Tal desencontro dificulta as ações efetivas, governamentais e sociais, para a redução dos maus tratos e, assim, configurando o ponto de partida para mudar essa triste realidade.       Pode se mencionar os crimes que a enfermeira cometeu contra a cadela na frente de sua filha e registrado por uma vizinha em Goiás, a exemplo, demonstra o abandono no que tange à formação civil e cidadã para com o cuidado dos seres vivos. A cada dia, a necessidade de um ensino regular sobre a legislação brasileira tem se mostrado mais urgente com o objetivo de não maltratar os animais. Portanto, é por meio de uma educação de qualidade e de leis mais formativas e menos punitivas que o combate será, de fato, efetivo.        No programa Globo Repórter, em 2017, da emissora Rede Globo, afirmou que o Brasil possui a quarta maior população de animais de estimação do mundo, esse dado corrobora para que o Estado providencie ações concretas no que se diz respeito à atenção desses seres, como a criação de hospitais veterinários públicos. O aumento das associações sem fins lucrativos com o objetivo de cuidar dos animais sob algum tipo de risco, no país, também confirma que a sociedade não está inerte a questão de combate aos maus tratos.       Para cuidar dessa questão, atualmente, o Estado e a sociedade contam com as Secretárias Especiais de Promoção e Defesa dos Animais em nível municipal e são essas que devem procurar oferecer à população hospitais veterinários públicos que possam realizar cirurgias como a castração para evitar o aumento indiscriminado de animais nas ruas em decorrência de abandono. Ainda em relação à desproteção, as associações, a mídia e influenciadores digitais podem realizar campanhas que promovam o apadrinhamento de animais por terceiros com o intuito de melhorar a vida dessas criaturas que comprovadamente tem sentimentos. Outra medida é a criação de leis que amparem animais que sofrem com vaquejadas, rinhas e lutas e que derrubem em definitivo a lei que defende esses eventos, como tradicionais e culturais. Essas normas devem estar acompanhadas de ações educativas em nível nacional para que os jovens brasileiros aprendam que esses seres merecem afeto e cuidado.