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Enviada em: 05/03/2018

É retratado no filme "Marley e Eu" a afetividade que pode ser estabelecida entre animais e os seres humanos. Entretanto, problemas de âmbito cultural e o egocentrismo são propulsores para a ilusória posição de superioridade humana, tornando os maus tratos com animais algo corriqueiro.    Desse modo, foi instituída a lei Nº 9.605, a qual condena qualquer prática de violência contra animais. Contudo, a negligência informacional e por fazer parte do cotidiano, o indivíduo começa a encarar a prática como algo normal, o que dificulta a execução da lei que é necessária a denúncia, e como afirma Hannah Arendt, o pior mal é aquele visto como algo banal. Ademais, o egocentrismo humano, presente nas obras de Zygmunt Bauman, leva a perda de empatia para com a outra vida, e pensando ser superior intelectualmente, o ser humano se conduz a práticas irracionais com um ser que sente dor e tem sentimentos.    Em detrimento disso, a Polícia Civil registrou 21 denúncias de violência contra animais em 2016, no estado de São Paulo. Tal dado se torna mais preocupante quando se leva em consideração que é a grande minoria dos casos que sofrem denúncias. Além disso, algumas práticas estão enraizadas na cultura local que nem se cogita maus tratos, a exemplo das carroças em que o cavalo é escravizado por toda a vida apenas para benefício humano, e espetáculos regionais que não é monitorado o tratamento com os animais.     Evidencia-se, portanto, que a violência contra animais é um mau a ser combatido. Destarte, o estado na figura do Poder Executivo deve instituir propagandas midiáticas que apresente os animais como seres sentimentais e instruam a população para denúncia de tais atos, a fim de que essa prática se torne condenável pela sociedade. Outrossim, o MEC deve organizar nas escolas atividades que aproximem as crianças aos animais, para que se tornem adultos com empatia e consigam viver em harmonia com esses seres, assim como passado no filme "Marley e Eu".