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Enviada em: 15/03/2018

É indubitável que, apesar da Constituição Federal garantir a proteção da fauna e a manutenção do seu bem estar, ainda são inúmeros os casos de maus tratos no Brasil. Essas práticas ainda perduram na sociedade brasileira pelo fato dos sistema de denúncias desses crimes ser falho e a punição não ser coerente com a gravidade de seu exercício, além da falta de consciência de parte da população sobre os riscos desses tipos de conduta,que acaba intensificando a problemática.         Muitas são as práticas que prejudicam a qualidade de vida dos animais no Brasil. Infelizmente, grande parte delas estão relacionadas às tradições populares, como os festivais espalhados pelo interior do país que envolvem vaquejadas, rinhas, rodeios. Outras estão vinculadas a posição socioeconômica de seus praticantes que, por necessidade, utilizam veículos de tração animal ou, em casos mais graves, ganham seu sustento com o tráfico e o comércio ilegal de animais. Sem mencionar as agressões físicas em ambientes domésticos e os testes voltados para o meio científico, feitos em animais de maneria indiscriminada por laboratórios e empresas sem o aval dos órgãos fiscalizantes.       Esses e muitos outros exemplos prejudicam de forma significativa a vida desses seres. Dependendo do grau e da frequência das agressões, as vítimas podem desenvolver traumas psicológicos, lesões corporais irreversíveis e, em casos mais particulares, o processo de extinção. Ademais, o ser humano também sai prejudicado nesse contexto, por depender dessas criaturas, tanto no meio afetivo quanto para manter a homeostase da natureza, importante para a sobrevivência de todos.        Diante do que foi discutido nota-se a urgência na busca de medidas que revertam o quadro apresentado. Entre elas, o reajuste da pena e da multa aplicada para esses delitos pela Justiça Federal, bem como o aperfeiçoamento do processo de denúncias, dentro das delegacias, as quais podem contar com o auxílio de aplicativos, a exemplo o "whatsApp", a fim de as queixas serem executadas em tempo real com a possibilidade de anexar provas em vídeos e em fotos de maneira menos burocrática. Outra alternativa, tão importante quanto, seria a vinculação de campanhas de conscientização nos meios midiáticos e no ambiente escolar, organizadas pela parcerias de instituições públicas e privadas, com o intuito de alertar sobre a gravidade dessas práticas e disseminar o pensamento de que preservar o bem estar dos animais, sejam eles silvestres ou domésticos, também faz parte da conduta de um bom cidadão.