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Enviada em: 18/05/2018

Recentemente, o site G1 publicou a morte do último rinoceronte-branco do norte da África. Tal animal, depois de tanto ser caçado, finalmente, tornou-se extinto para a natureza. Com isso, nota-se que os maus-tratos aos animais não se limitam à essas espécies, pelo contrário, diariamente, muitos animais, além de serem vítimas da caça predatória, também são abandonados nas ruas. No Brasil, atitudes como essas são visíveis e ganham espaço devido à falta de uma política mais efetiva de castração para os animais de rua, bem como pela fraca proteção aos amimais silvestres do Brasil.        Em primeiro lugar, a falta de uma política de castramento para animais de rua já pode ser considerado como maus-tratos.  Segundo o filósofo Arthur Schopenhauer: "o homem fez da Terra um inferno para os animais". Essa afirmação ousada tem veracidade, uma vez que, de acordo com o site Jusbrasil, há mais de trinta milhões de animais domesticáveis abandonados no país. Dessa maneira, convém inferir que o Estado tem pouquíssima eficiência em, no mínimo, minimizar essa problemática horrenda.  Como consequência dessa omissão, a cada dia, há a proliferação de animais nas ruas que, sem o amparo adequado do Governo, podem  causar danos até mesmo para a saúde populacional.        Paralelo a essa problemática, a ineficiente proteção aos animais silvestres favorece a irregular prática de vendas desses bichos no mercado negro. De acordo com o site ambiental e-cycle, o tráfico de animais silvestres é o terceiro maior mercado ilegal do mundo, além disso, de acordo com a  Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (RENCTAS), cerca de 38 milhões de animais são retirados do seu habitat natural e vendidos em território nacional. Com isso, fica claro que a falta de policiamento, bem como a ineficiente gestão pública no combate a essa ilegalidade nas áreas de reservas florestais, contribuem fortemente para a consolidação desse mercado ilícito. Como resultado, além do prejuízo ao equilíbrio do ecossistema, ainda temos o risco de muitas espécies entrarem em extinção, como a ariranha azul que, atualmente, só pode ser encontrada em cativeiros.        Assim, entende-se, portanto, que os maus-tratos aos animais é resultado de uma ineficiente política de castração, bem como pela carência de uma proteção mais precisa aos animais silvestres. Dessa forma, é necessário que o Município, em parceria com ONG's, por meio da criação de castramóvel,  disponibilize esse equipamento nos bairros para alcançar o maior número de animais com o objetivo de diminuir a sua proliferação nas ruas. Somado a isso, é fundamental que o Ministério do Meio Ambiente, em parceria com o RENCTAS, por meio do reforçamento da polícia ambiental nas áreas florestais do Brasil, proteja esses locais e penalize qualquer civil ou empresa que cometa esse crime com o fito de, aos poucos, diminuir a grande incidência do tráfico de animais silvestres no país.