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Enviada em: 28/03/2017

Na história do mundo diversas formas de preconceito às pessoas deficientes ocorreram, como por exemplo a permissão do sacrifício de bebês nascidos com certa anomalia, no período da Roma Antiga. Contudo, o mundo contemporâneo ainda apresenta déficit de estrutura e de preparo da população para que pessoas com deficiências tenham sua inclusão social garantida, possam sentir-se parte da sociedade e nela conviver sem preconceitos. Fazem-se necessárias, portanto, alterações promovidas por governo e comunidade para que a inclusão social de pessoas deficientes ocorra de forma plena.   Em primeiro lugar, é preciso considerar toda a ausência de estrutura para que cegos, cadeirantes e demais pessoas deficientes possam transitar nas ruas sem dificuldades. No brasil, por exemplo, é escasso o número de calçadas e estabelecimentos que apresentam rampas ou adesivos guia, o que impede o direito de ir e vir para os cidadãos que necessitam desses componentes, dificultando assim sua interação com a comunidade. É necessário, portanto, haver maior direcionamento de verbas governamentais para que toda a estrutura adequada seja fornecida e as pessoas deficientes possam interagir com o mundo à sua volta, e não apenas estar condenadas ao isolamento do lar.   Não obstante, o despreparo da sociedade corrobora a exclusão social de portadores de necessidades especiais. Um exemplo disso encontra-se no filme brasileiro 'hoje eu quero voltar sozinho', o qual exibe todas as dificuldades que um jovem adolescente cego encontra para poder obter aceitação dos colegas e da sociedade, e para conseguir seguir com os estudos, uma vez que a escola onde estuda não apresenta recursos para auxilio do estudante, como professor extra. Para alterar essa realidade, no entanto, é necessário que escola e família estejam unidas para promover o entendimento e aceitação das crianças às diferenças, sem julgamentos precoces ou preconceitos. Além disso, promover a inclusão dentro da escola, é promover o futuro de pessoas deficientes, uma vez que no Brasil 61% delas não termina o ensino fundamental, segundo o censo brasileiro de 2010.   Portanto, em vista dos argumentos citados, fazem-se necessárias alterações para assegurar a inclusão social de pessoas deficientes. O primeiro passo encontra-se na manutenção de calçadas, ruas e estabelecimentos, promovida pelas secretarias municipais, utilizando parte de pagamentos de impostos para instalação de calçadas acessíveis, fechamento de buracos nas ruas e fiscalização aos comércios. Além disso, faz-se necessária a implementação de projetos escolares como o "amigo da diferença" em que através de brincadeiras promovidas por professoras, as crianças entendam desde cedo a importância de valorizar o deficiente. Não obstante, a capacitação de professores através de cursos ministrados por psicólogos e demais profissionais garante melhor ensino a todos os alunos.