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Enviada em: 12/03/2017

Não somos invisíveis    A sociedade brasileira apresenta uma grande dificuldade para lidar com aquilo que é tido como diferente ou fora do padrão, excluindo ou marginalizando todos aqueles que não condizem com os parâmetros físicos e comportamentais adotados socialmente. O Brasil, apesar de possuir mais de 20% de sua população constituída por portadores de necessidades especiais (PNE's), ainda apresenta um contingente baixíssimo de pessoas inseridas socialmente. Assim, a universalização da acessibilidade como a inclusão dos PNE's no mercado de trabalho e nas instituições escolares é o principal objetivo a ser alcançado.     De acordo com a presidente da Associação do 3º Milênio, Maria Regina Maciel, "o quadro social de marginalização e desrespeito aos deficientes físicos é fruto da falta de conscientização comum e aplicabilidade das leis vigentes no país". Nessa perspectiva, é evidente a ociosidade humana para com os direitos cabíveis aos portadores de necessidades especiais, toda via, que uma grande parcela deles se dizem " invisíveis" socialmente ao, por exemplo, tentarem pegar um ônibus, estacionar um carro ou, até mesmo, ao entrarem em estabelecimentos logísticos.     A Constituição brasileira assegura 20% das vagas para cargos públicos aos portadores de deficiência, e a lei 7.853 de Previdência Social também assegura vagas para o setor em empresas privadas com mais de 100 funcionários ativos, entretanto a inclusão dessas pessoas no mercado de trabalho não condiz com a realidade atual, uma vez que a maioria das empresas visam apenas ao lucro, deixando de lado a parte social do empreendedorismo. Outro fator imprescindível é a atuação das instituições escolares; pois, por sua vez, elas possuem papel protagonista na busca pela indiferença entre deficientes e não-deficientes. No entanto, o que acontece é que, além da falta de acessibilidade e qualificação profissional nas entidades, muitos são alvo de preconceito e exclusão por parte dos colegas, agravando, ainda mais, o processo de inserção social.    Visto a problemática da inclusão dos portadores de necessidades especiais, cabe ao governo investir mais em acessibilidade e atrair as empresas privadas para uma maior participação social, atribuindo incentivos fiscais às instituições que contratarem um certo número de pessoas especiais, podendo esses assumirem as funções buscadas, através de propagandas governamentais. Às instituições escolares, cabe o dever de lutar pelo fim das desigualdades entre os alunos especias e todos os outros, ensinando-os de forma dinâmica, os valores sociais de igualdade e solidariedade, através de palestras com psicopedagogos, assistentes sociais e, até mesmo, psicólogos.