Enviada em: 19/03/2017

Desde a antiguidade, como por exemplo na sociedade espartana, os portadores de necessidades especiais eram tidos como um entrave para o desenvolvimento da nação. Hoje em dia, ainda existem resquícios dessa mentalidade em muitos países como no Brasil, que caso trabalhe na inclusão dessas pessoas na escola, na sociedade e no mercado de trabalho, poderá reverter esse quadro.        Em relação a inclusão escolar, uma pesquisa feita pelo Inep em 2014 revelou que três em cada quatro não escolas brasileiras não possuem itens básicos de acessibilidade, como rampas e sinalização. Tal constatação demonstra a falta de investimentos e também a transgressão do Estatuto da Pessoa com Deficiência, o qual defende que toda e qualquer pessoa tem direito a uma educação de qualidade, longe de qualquer discriminação.         Discriminação, eis outro entrave para a inclusão. Segundo diversas pesquisas, a visão social acerca da pessoa com necessidades especiais é o que fomenta em grande parte a exclusão. A utilização de campanhas de conscientização social tem sido eficazes nesse aspecto, como por exemplo a campanha sobre a a síndrome de Down: divulgando a plena capacidade dessas pessoas em áreas específicas e promovendo a inserção delas no mercado de trabalho.          Por último, tem-se o problema do mercado de trabalho. Este setor social, muitas vezes com um olhar capitalista, não vê rentabilidade em contratar pessoas com alguma deficiência. Mas a Lei de Cotas veio justamente para impor sobre as empresas a contratação, e, assim, amparar os altos índices de desemprego tidos nessa população.             Diante de tudo isso, percebe-se que para se solucionar esse problema é necessário um projeto que integre o meio escolar, social e de trabalho. Tal projeto pode ser criado a partir de iniciativa governamental ou privada por meio de uma plataforma digital, na qual denúncias a discriminação e negligência possam ser feitas e vagas de emprego possam ser disponibilizadas, assegurando os direitos fundamentais do indivíduo.