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Enviada em: 22/03/2017

Desde as civilizações medievais até os povos indígenas mais recentes, existia uma cultura de exclusão e abandono de crianças que possuíam algum tipo de deficiência. Elas eram entendidas como um mau sinal, vindo de um castigo dos deuses ou de forças superiores. Embora ainda haja muito preconceito acerca dessa minoria, há ações que buscam a inclusão dos deficientes na sociedade. No entanto, muitas dessas ações tem sido ineficientes, mostrando que, de fato, pessoas com necessidades especiais ainda são vistas e tratadas de maneira diferente na contemporaneidade.                     É importante pontuar, de início, o papel inclusivo que o esporte exerce na sociedade. Esse meio tem possibilitado o contato de indivíduos com necessidades especiais com o meio social em que estão inseridos, além de possibilitar e dar oportunidades desses entrarem em competições internacionais. Prova disso é a excelente campanha histórica da delegação brasileira nos Jogos Paralímpicos de Londres em 2012, em que foram conquistadas vinte e uma medalhas de ouro. Acontecimentos dessa natureza trazem como consequência maiores investimentos em projetos esportivos voltados para pessoas com necessidades especiais, principalmente após a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência ter sido sancionada pelo Governo em 2015.                     É fundamental pontuar, ainda, que a área da educação também surge como forma eficiente de inserção. Cada vez mais, as escolas e universidades estão adotando posturas inclusivas em salas de aula, como por exemplo, o ensino obrigatório de LIBRAS em qualquer curso de licenciatura. Dessa forma, a escola costuma ser um dos mais importantes ambientes de socialização, por conseguinte, deve ser democrático e igualitário incorporando a todos os seus frequentadores, sem distinção.                 Torna-se claro, portanto, que o meio esportivo e o campo educacional são de extrema importância para a inclusão dos cidadãos com deficiência. Sendo assim, o governo deve investir em projetos gratuitos para deficientes, por meio da criação de centros esportivos e culturais, além de melhorar a acessibilidade urbana para que todos desfrutem dos espaços sociais, garantindo o respeito e a igualdade de direitos. Ademais, as escolas precisam capacitar os profissionais de educação, por meio de cursos específicos, para que lidem de forma adequada com as crianças debilitadas fisicamente. Por fim, a mídia deve cumprir plenamente sua função social, desmistificando a deficiência física através de propagandas e ficção engajada a fim de erradicar o preconceito e promover na sociedade uma consciência inclusiva.