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Enviada em: 24/04/2017

Na sociedade brasileira atual, milhares de pessoas portadoras de necessidades especiais, sofrem com a discriminação, a exclusão do mercado de trabalho e a falta de acessibilidade. Diante disso, infere-se que a sociedade e as entidades executivas, em sua maioria, não estão preparadas para promover a inclusão social, uma vez que o princípio fundamental para uma sociedade inclusiva é garantir e propiciar os direitos e necessidades das pessoas com deficiência, fato este que, não é bem-sucedido.      Quando uma criança nasce deficiente, é comum que os pais desta façam autoquestionamentos como: "Por que justo comigo?","O que eu fiz pra merecer isso?". Nesse contexto, é visto que a sociedade pratica inconscientemente, atitudes preconceituosas contra os deficientes, pois as limitações dessas pessoas, sempre foram colocadas acima dos potenciais e capacidades destas.       O Estatuto da Pessoa com Deficiência, não garante na prática a acessibilidade, para que os direitos de igualdade possam ser exercidos. Sem acessibilidade, os deficientes não possuem a independência de viver nas cidades, restringindo a autonomia destes. Além disso, pessoas com deficiências consideradas mais graves, como por exemplo os deficientes intelectuais e auditivos, enfrentam enormes dificuldades na inserção ao mercado de trabalho, por não possuírem, na maioria dos casos, formação adequada aos cargos, pois existem poucas escolas inclusivas. Soma-se a isso, o papel de muitas empresas, pois quando são obrigadas a contratar essas pessoas (através da Lei de Cotas), optam por cidadãos que possuam deficiências menos graves, pois, a lei não é específica em relação à contratação de acordo com o tipo de necessidade especial. Portanto, diante de tais problemáticas, medidas fazem-se necessárias nesse contexto.       O primeiro passo é conseguir alterar a visão social, através de campanhas e veículos midiáticos, em conjunto com grupos, instituições e parcerias público-privadas que possuam compromisso com a inclusão dos deficientes, para sensibilizar a sociedade. Soma-se a isso o dever do Estado de acatar as leis vigentes, proporcionando a acessibilidade e autonomia aos portadores de necessidades especiais, através de investimentos urbanos para locomoção, adoção de escolas inclusivas -em conjunto com profissionais que atendam as necessidades dos deficientes- e a reformulação da Lei de Cotas, para que atenda todos os tipos de necessidades especiais.