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Enviada em: 09/07/2017

Adaptação: a chave para a inclusão social  Em 2015, foi instituído o Estatuto da pessoa com deficiência no Brasil, em prol de maior inclusão social de portadores de necessidades especiais. Essa lei se faz necessária devido à evidente falha de acessibilidade desses cidadãos à educação, a dificuldade de ingresso no mercado de trabalho e da utilização de serviços públicos.   O censo do IBGE de 2010 demonstrou que aproximadamente 75% dos portadores de necessidades especiais do Brasil não têm o ensino médio completo. Esse dado evidencia uma falha no acesso à educação por uma parte da população, garantido na Constituição para todos os cidadãos, devido à falta de professores habilitados para atenderem esses alunos e infraestrutura nas escolas públicas e privadas.   Apesar da existência de cotas nas empresas, que teoricamente, garantem o ingresso de deficientes, a dificuldade de entrada no mercado de trabalho ainda se faz presente. Isso se deve, principalmente, à pouca qualificação da maioria desses pessoas, sendo que apenas 7% dos consultados para a pesquisa alegaram ter o ensino superior completo e da falta de adaptação das empresas para receber esses empregados.  Ainda mais gritante é a falta de acesso a serviços públicos, como ônibus com elevadores para usuários de cadeira de rodas e rampas nas calçadas, restaurantes e shoppings. É necessária a adaptação dos meios de transporte e dos ambientes comuns para garantir o acesso aos portadores de necessidades especiais.  Investimentos estaduais e municipais para habilitação de professores, o ensino de libras e melhor infraestrutura nas escolas – construção de rampas de acesso às salas de aula e material didático em braile – e universidades, adaptação das empresas para receber portadores de deficiências e um aumento na acessibilidade dos meios de transporte e ambientes públicos se fazem indispensáveis, portanto, para garantir o acesso de portadores de necessidades especiais aos direitos garantidos na Constituição.