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Enviada em: 04/07/2017

No século XX, época do totalitarismo nazista, os deficientes físicos e mentais eram considerados inúteis, sendo uma ameaça à pureza genética ariana e, portanto, indignos de viver. Entretanto, mesmo um século depois, a problemática da inclusão social de pessoas com necessidades especiais ainda se perpetua no Brasil, seja pelo preconceito intrínseco à sociedade , seja pela pouca fiscalização das leis. Por isso, é preciso buscar alternativas para a inclusão social dessas minorias.      Nesse contexto, como trata o sociólogo Pierre Bordieu, a violação aos Direitos Humanos não consiste somente no embate físico, o desrespeito está, sobretudo, na perpetuação de preconceitos que atentam à dignidade de um individuo. Desse modo, a intolerância e a discriminação da sociedade, impulsionadas pelo pouco entendimento das reais limitações dos deficientes, são evidenciadas, por exemplo, nas escolas. Além disso, as infraestruturas e as atividades esportivas de muitas instituições não são acessíveis a todos, perpetuando a exclusão social desses grupos. Entretanto, é sabido que a escola deve ser um meio de total inclusão e interação dos indivíduos e que, por isso, deve ratificar sua função social ao possibilitar alternativas para o combate a essa problemática.      Ademais, é indubitável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema, assim, conforme disse o filósofo empirista Aristóteles, ‘’A poética deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade’’. No entanto, percebe-se que a existência da Lei de Cotas para Deficiente no mercado de trabalho ainda é muito branda, visto que há pouca fiscalização e pouco entendimento da sociedade a respeito do funcionamento desse preceito. Desse modo, isso prejudica a participação social dessas minorias. Por isso, o âmbito laboral deve possibilitar alternativas para a inclusão de pessoas com necessidades especiais, pois, como afirmou o economista Adam Smith, ‘’O trabalho dignifica o homem’’.     Visto isso, é necessário que o Governo destine mais verbas às escolas, com o fito de melhorar a estrutura das salas de aula e dos ambientes de lazer para os deficientes. Junto a isso, a escola deve elaborar atividades esportivas que integrem todos os alunos e evidenciem o esporte como meio de inclusão social. Além disso, o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CONADE) deve aumentar a fiscalização das empresas no que tange à questão do cumprimento da lei, e ofertar, em parceria com as mídias, campanhas esclarecendo o funcionamento dos direitos dos deficientes, a fim de desmistificar o pensamento errôneo da sociedade quanto à incapacidade dos portadores de necessidades, minimizando, assim, o preconceito da coletividade.