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Enviada em: 28/10/2017

Segundo a Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988, todos os cidadãos possuem direitos e deveres iguais. Todavia, na prática, nem todo brasileiro usufruiu dos direitos a eles reservados, tal qual as pessoas com deficiência. Nessa conjuntura, cabe pautar de que maneira a invisibilidade social afeta essa parcela da população.         Apesar de existirem leis que beneficiam e garantam a inclusão de pessoas com deficiência na sociedade, aquelas com frequência ficam apenas no campo da teoria. Inúmeros são os desafios enfrentados por esses cidadãos que residem em cidades que não foram projetadas para eles. Como se esses cidadãos não existissem, calçadas são feitas sem rampas, postes são colocados em locais que dificultam a passagem até mesmo de pessoas sem deficiência, locais públicos e rede de transporte sem acessibilidade, ou quando possuem são precárias, e a educação pública dificilmente permite o acesso de pessoas que precisam de um suporte a mais do que a maioria dos estudantes.          Além disso, vale ressaltar a falta de respeito e empatia da sociedade com relação aos que possuem alguma limitação física, mental ou intelectual. Preconceito, piadas ofensivas, exclusão em vagas de emprego e desrespeito à lei , como por exemplo, a utilização de vagas de carro exclusivas para deficientes por cidadãos ditos "normais" — ações que muitas vezes ficam impunes —, são alguns dos desafios diários enfrentados pelas pessoas com deficiência, como denunciado pela youtuber Mariana, que tem má formação da mão esquerda, do canal "Vai uma Mãozinha aí?".         Depreende-se, portanto, que medidas precisam de ser tomadas. Cabe à todos os cidadãos cobrarem o cumprimento da lei pelo Estado, que tem como obrigação garantir acesso à locais e transporte públicos, além de postos de trabalho, por pessoas com deficiência, por meio de manifestação nas ruas e mobilização em redes sociais a fim de pressionar o Governo. Ademais os indivíduos devem, também, denunciar ações criminosas comuns no dia a dia e que, como agressões psicológicas através de  comentários em redes sociais e o problemas com as vagas de carro reservadas, para que não se perpetue a sensação de impunidade. Dessa forma, erradicar-se-ia, em partes, os problemas enfrentados pelas pessoas com deficiência no Brasil.