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Enviada em: 09/08/2017

No Egito Antigo, há relatos da existência de pessoas com problemas físicos e, ao contrário do que alguns indivíduos pensam, quando alguém nascia com alguma deficiência, já havia cargos específicos para eles na sociedade. Por outro lado, no século XXI, a concepção ainda não aceita por todos sobre a inclusão social se esculpe em um grande problema para o Brasil. Nesse sentido, é válido afirmar que leis éticas e morais da sociedade não estão sendo seguidas, seja por um contexto histórico preconceituoso que ainda está presente, seja pela atrasada conscientização social.       Primeiramente, o desprezo que acontece com os portadores de necessidades especiais é, sobretudo, reflexo de um cenário historiográfico preconceituoso. Na Grécia Antiga, quando nascia uma criança com algum tipo de deficiência, os pais tinham direito de jogá-la de um penhasco, deixando um legado de intolerância que se alastra ate o Brasil contemporâneo. Dentro dessa perspectiva, nota-se que a retratação midiática de piratas maus, mancos e de um olho só, além de filmes e séries intitulados como "Circo dos Horrores", são posturas que retratam o preconceito enraizado. Posto isso, urge da mídia medidas para a cessão desse tipo de exibição, a fim de garantir a o bem estar social.       Concomitantemente, soma-se ao supracitado a falta de conscientização social que, se não amparada, pode ganhar uma enorme irradiação. Segundo o pai da psicanálise Freud: "O pensamento é o ensaio da ação", logo, depreende-se: uma sociedade na qual se prega ideias de não aceitação das pessoas com necessidades especiais, tende a passar esses preceitos para seus filhos, que crescerão com os mesmos pensamentos. Nesse contexto, fica evidente a necessidade de uma melhor educação.       Destarte, pode-se inferir que a inclusão social de pessoas com necessidades especiais é ainda um grande problema para o Brasil. Para combatê-lo, a mídia deve parar de exibir a imagem deturpada de personagens deficientes como pessoas ruins, a partir da substituição dessa programação por séries, novelas e documentários que divulguem como é a vida dos portadores de necessidades, a fim de mitigar a imagem atual que a população tem. Por conseguinte, para atingir um índice social mais consciente, o MEC deve, em parceria com as escolas, disponibilizar de um calendário didático com dias letivos para a elaboração e exibição de peças teatrais retratando a inclusão social, a fim de garantir consciência ainda na infância. Ademais, o Governo deve hostilizar atos de preconceito, criando leis que multem e, em casos reincidentes, apreendam indivíduos praticantes. Apenas assim, o Brasil conseguirá garimpar o ouro do Egito Antigo.