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Enviada em: 18/07/2017

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que 6,2% da população brasileira apresenta algum tipo de deficiência. Em 2015, o Senado aprovou a Lei de Inclusão da Pessoa com Deficiência, a qual tem como objetivo concretizar a igualdade de direitos, como saúde, educação, lazer, transporte, trabalho, renda, dentre outros. Mas, mesmo com essa implementação, as dificuldades para pessoas com necessidades especiais persistem. O Brasil enfrenta desafios para efetivar um modelo de educação que atenda os deficientes físicos e mentais, e a educação torna-se parte da explicação para as desvantagens que esse grupo populacional enfrenta, durante a vida adulta, no mercado de trabalho.  De acordo com o censo escolar do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), o número de pessoas com alguma deficiência presentes em salas de aula comuns teve um salto de 6,5 vezes entre 2005 e 2015. Pode-se dizer que esse aumento reflete, sobretudo, nas mudanças da legislação. Contudo, apesar de ter sido observado mais estudantes especiais convivendo com os demais alunos, ainda existem dificuldades para que o nível de instrução seja pleno. Em muitos casos, as salas de aula acabam apresentando muitos alunos, e os professores que ministram as aulas para essas turmas não possuem formação específica para receber os alunos especiais e nem conhecimento sobre as características das deficiências.  Entre a população de 15 anos ou mais que têm algum tipo de deficiência, a taxa de alfabetização foi de 81,7%, uma diferença de 8,9 pontos percentuais em relação à população total (90,6%). Esses dados revelam um dos principais motivos que levam empresas a deixarem de contratar pessoas com deficiência: a educação. Outro fator limitante é o despreparo dessas empresas para lidarem com as limitações e descobrirem as capacidades que esses indivíduos apresentam.  Destarte, é preciso que as escolas comuns revejam suas práticas excludentes. Tanto escolas públicas quanto privadas devem investir no preparo dos professores para incorporar mais alunos especiais. Estes terão um maior desenvolvimento tanto social quanto intelectual, e os demais alunos, ao conviverem com os primeiros, tornar-se-ão seres humanos mais sensíveis e conscientes. O avanço da inclusão escolar pode ser atingido se forem formadas maiores parcerias entre a escola e a família. Em reuniões frequentes envolvendo pais, professores e psicopedagogos, os conteúdos das disciplinas podem ser adaptados de acordo com o desempenho das crianças. Já as empresas, têm como uma alternativa para inclusão no mercado de trabalho, buscar por clínicas especializadas e, assim, adquirirem conhecimentos amplos sobre as habilidades dessas pessoas para exercerem funções.