Materiais:
Enviada em: 17/07/2017

Na antiguidade clássica, gregos se orgulhavam de suas habilidades físicas, como prova disso temos os jogos olímpicos criados por eles ocorrendo até hoje no mundo inteiro. Outros processos históricos ocorreram desde então reafirmando tal ideal, categorizando aqueles que por algum motivo sejam desprovidos desse padrão, seja de forma permanente ou temporária, como inferiores ou até empecilhos. Devido à manutenção dessa ideia ao longo da história, encontrar alternativas para inclusão de portadores de necessidades especiais é, além de necessário para os atuais prejudicados, uma busca pela evolução do pensamento humano em um sentido igualitário e empático na sociedade.       Durante a Idade Média, deficientes físicos eram vistos como seres castigados por Deus, logo, eram detentores de mitos pecados e, portanto, merecedores. Porém, para Sêneca "qualquer tipo de maldade pode ser definida como uma deficiência", portanto, a única das partes deficientes em si é aquela que exclui o outro por sua diferença, ignorando as habilidades que possa adquirir ou até já o tenha feito, para ultrapassar suas próprias barreiras físicas ou mentais, como fez, por exemplo, o físico Stephen Hawking, que possui a esclerose lateral amiotrófica (ELA), doença degenerativa, mas que não o impediu de criar diversos estudos para a física contemporânea e ter virado personagem do filme centrado em sua história, chamado "A Teoria de Tudo".       Nesse viés, não só a representatividade, com o físico ou ainda com os atletas paralímpicos em 2016 nas Paralimpíadas do Rio, também são necessárias que as informações atinjam esse grupo que, no Brasil segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são mais de 45 milhões de pessoas, para que sejam democraticamente incluídos e saibam da totalidade de direitos que possuem, onde o principal, pela própria Constituição, é o de ter acesso aos mesmos da população definida como padrão de normalidade. Em contrapartida, encontram-se no país escolas despreparadas, não somente na arquitetura, mas na preparação dos professores e alunos, para que saibam as limitações e as habilidades de cada um dos novos membros, sabendo como adaptá-los ao meio e manter o respeito e a dignidade de todos, tornando possível o aprendizado sem discriminação e igualitário.       Em suma, o Governo Federal deve, em parceria com o Ministério da Educação investir em melhorias nas escolas, com especialistas na área, como intérpretes, psicólogos para integração do grupo, legitimando o que diz na Constituição Brasileira. Ademais, o Ministério do trabalho em parceria com a iniciativa privada, deve promover consultorias para as empresas que se adequem na necessidade de cotas, para que façam contratações inteligentes, ou seja, aproveitem as habilidades de cada um, pois somos diferentes entre nós mesmos e nos adaptamos as nossas necessidades.