Materiais:
Enviada em: 28/07/2017

Nos quadrinhos da Marvel, Thor e o Demolidor são personagens que apresentam deficiências físicas. O primeiro, em sua forma humana, é manco. Enquanto o segundo é cego. Ambos superam suas dificuldades e lutam contra vilões com o objetivo de defender pessoas e alcançar uma justiça social. Em contraste com a ficção, a realidade nos permite perceber que os deficientes, apesar de não "combaterem o mal", enfrentam desafios cotidianos que interferem diretamente na sua inserção social. Por isso, muito se discute a respeito de alternativas para atenuar o cenário.       Primeiramente, é válido ressaltar que o dia a dia dos indivíduos é composto por uma série de obstáculos no espaço urbano. A falta de rampas ou elevadores atrapalha e, até mesmo, impede o acesso a determinados locais que proporcionam cultura, lazer, além de atividades básicas. Ademais, muitas escolas públicas e privadas têm fatores limitantes e contribuem para a manutenção do problema. Dois deles são: falta de estrutura e profissionais capacitados. Dessa forma, a ausência de professores ou assistentes que saibam a linguagem de libras e consigam trabalhar com públicos diversos inviabiliza o processo.       Por outra perspectiva, a Paralimpíada de 2016, no Brasil, apresentou à sociedade uma forma simples e eficiente de integrar essas pessoas por meio do esporte. Embora não tenha sido um evento tão divulgado quanto às Olimpíadas, pela mídia, ele vem sendo um marco importante desde a sua criação em 1960. Por consequência disso, a rotulação de incapazes e uma visão determinista sobre essa parte da população é combatida. Também, as recentes Propostas de Emendas Constitucionais aprovadas, a Lei Romário e o Estatuto da Pessoa com Deficiência, instituem políticas afirmativas para com 24% dos brasileiros, percentual esse, segundo o IBGE, que representa de forma quantitativa os cidadãos brasileiros com alguma limitação física.       A fim de minimizar a situação, portanto, alternativas de caráter pragmático devem ser tomadas. As prefeituras, com ajuda dos governos estaduais referentes as suas respectivas unidades federativas, podem promover obras públicas para melhorar a acessibilidade de cadeirantes nos espaços públicos, incluindo escolas. A iniciativa privada, por sua vez, tem o dever de prover a estruturação necessária em detrimento da não receptividade ou constrangimento do deficiente. Consoante, o MEC pode realizar programas de capacitação dos professores, da rede pública de ensino, e conceder pedagogos em prol da assistência ao público alvo. Por esse viés, podemos atenuar o quadro e, consequentemente, nos aproximar da equidade social tão buscada nas histórias ficcionais dos heróis.