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Enviada em: 30/07/2017

Tinha equidade no meio do caminho  Durante o processo de desenvolvimento do Brasil, pessoas com deficiências físicas ou mentais encontram grandes obstáculos, assim como no poema “no meio do caminho” de Carlos Drummond de Andrade, para se inserirem na sociedade. Dessa forma, surge o transtorno da inclusão social de pessoas com necessidades especiais no país, seja pela insuficiência de leis, seja pelas limitações impostas pelo sistema educacional.  É indubitável que a ineficácia das leis que atuam no ramo da inclusão estejam entre as causas do problema. Segundo Montesquieu, quando se faz uma estátua, não se deve estar sempre sentado no mesmo lugar; é preciso vê-la de todos os lados e em todos os ângulos. Neste sentido, é necessário que ao criar ou fazer manutenção das leis, que agem nesse campo, leve-se em conta que é preciso dar caminhos diferentes para que pessoas com necessidades diferentes cheguem ao mesmo lugar, o define o conceito de equidade; embora já existam normas, como o Estatuto da Pessoa com Deficiência, ainda há brechas que permitam que situações excludentes ocorram, como a falta de sinalização sonora para cegos nas travessias de trânsito.   Outrossim, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010 61% das pessoas deficientes, com 15 anos de idade, não tinham ingressado no ensino fundamental. A educação permite que pessoas com necessidades especiais desenvolvam habilidades cognitivas, motoras e psíquicas, permitindo futuramente possam ser inseridos no mercado de trabalho. Existem poucas escolas, como Municipal Maria Silva Lucas em Contagem (MG), com profissionais capacitados para atuar nesse campo.  A dificuldade em se alcançar a equidade social, portanto, está diretamente relacionada à exiguidade de leis eficazes e às falhas no sistema educacional. Desse modo, a fim de atenuar esta problemática, o governo, por meio do Ministério dos Direitos Humanos, invista na construção de sistemas de acesso próprios para deficientes visuais, físicos e auditivos, como semáforos com alarmes sonoros e rampas, nas cidades tendo como objetivo a equidade. Ademais, a escola, aliado ao Ministério da Educação, deve contratar terapeutas ocupacionais e pedagogos para estarem aptas a receber pessoas especiais.