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Enviada em: 02/08/2017

Em meados do século XX, o escritor austríaco Stefan Zweig mudou-se para o Brasil devido à perseguição nazista. Bem recebido e impressionado com o potencial da nova casa, Zweig escreveu um livro cujo título é até hoje repetido: "Brasil, o país do futuro". Entretanto, quando se observa a dificuldade de inclusão das pessoas com deficiência, percebe-se que a profecia não se cumpriu. Nesse sentido, é importante entender as suas verdadeiras causas para solucionar o problema.       A princípio, é possível perceber que a falta ou a desvalorização do emprego intensifica a problemática. Nesse contexto, a inclusão dos deficientes físicos no mercado de trabalho dá-se, geralmente, em empregos subvalorizados. Segundo dados do Ministério do Trabalho, 75% das pessoas com alguma forma de tratamento diferenciado recebem salários mínimos na composição de sua renda. Assim, a Lei de Inclusão, dos postos de trabalho, combate apenas, em parte, o desemprego, deixando, dessa forma, a cidadania limitada em salários incompatíveis com a sobrevivência e a dignidade.       Outrossim, a acessibilidade das cidades brasileiras intensifica a exclusão social das pessoas com deficiência. Nesse sentido, segundo o Núcleo de Acessibilidade do Governo Federal, o Brasil não possui nenhuma cidade plenamente acessível. Consequência disso é a dura realidade enfrentada com as barreiras arquitetônicas que limitam e impedem o direito de ir e vir dos portadores de limitação funcional, gerando, assim, problemas sociais e emocionais nos mesmos.         O combate à problemática, portanto, deve tornar-se efetivo, uma vez que representa um retrocesso social. Assim, o Legislativo, deve, mediante decreto, criar cotas para cargos cujo vencimento proporcione melhor qualidade de vida aos deficientes. Além disso, Ministério das Cidades, precisa ampliar a política de acessibilidade dos municípios, a fim de reduzir a falta de acessibilidade urbana. Com essas medidas, talvez, a profecia de Zweig torne-se realidade no presente.