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Enviada em: 11/08/2017

Desde os tempos remotos a sociedade é repleta de padrões sociais, marginalizando e excluindo aqueles diferentes, como no caso dos portadores de deficiência. Atualmente, há uma mobilização maior para inclusão social dessas pessoas. Entretanto, direitos básicos que caracterizam a sociedade, como educação e trabalho, não são efetivamente garantidos.   Com a consolidação do capitalismo após a Guerra Fria, o trabalho se tornou um grande bem do homem, o sociólogo Karl Marx discorre sobre essa relação declarando que o trabalho é um bem inalienável do homem. Porém, para os portadores de necessidades especiais (PNEs) a inserção no mercado de trabalho é um desafio, apesar de haver na legislação brasileira uma lei de cotas, que exige de grandes empresas uma porcentagem variável entre 2% e 5% de vagas para portadores de alguma deficiência. Essas empresas encontram dificuldades para preencher a cota devido a falta de escolaridade e qualificação profissional. Ainda, os estabelecimentos tendem a atingir a cota com deficiências consideradas mais "leves", promovendo uma segregação dentro do próprio grupo dos PNEs.   Desta forma, para haver inclusão efetiva no mercado de trabalho e, consequentemente, na sociedade é preciso que outras etapas, como a educação, sejam cumpridas. Dados do censo de 2010 apontam que mais de 60% das pessoas com alguma deficiência não possuem nem o ensino fundamental completo.Tal fator é justificado pela falta de uma educação inclusiva com profissionais capacitados e espaços físicos adequados para que o direito à educação seja garantido.   Em suma, a inclusão dos PNEs no mercado de trabalho, nas escolas e no convívio social é uma grande forma de contribuir para uma sociedade mais igualitária e para independência dessas pessoas. Assim sendo, o ministério da educação (MEC), em consonância com as esferas estaduais e municipais, devem garantir que todas as instituições, pública ou privada, adequem sua estrutura para recepção de qualquer tipo de deficiente, e que todos os professores possuam qualificação profissional a fim de promover uma educação democrática. Além disso, é necessária a criação de um órgão fiscalizador que garanta que as vagas da cota destinadas aos deficientes sejam preenchidas, e que sensibiliza e incentive as empresas a acolher diferentes tipos e graus de deficiência, dando os primeiros passos para uma sociedade cada vez mais inclusiva.