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Enviada em: 07/08/2017

Desde acontecimentos antigos até eventos mais recentes, como a lei que decretava morte às crianças nascidas com deficiência motora na Roma antiga e o extermínio em massa de deficientes na Segunda Guerra Mundial, pessoas com um grau de deficiência, sendo ela física ou cognitiva, sofrem com a exclusão e o abandono devido à sua condição. Já nesse século, apesar da permanência do preconceito e discriminação, há no Brasil ações que buscam a inclusão de deficientes físicos na sociedade, uma vez que mais de 45 milhões de brasileiros possuem restrições, número que ultrapassa populações inteiras de países como Áustria e Suécia.     Nesse sentido, políticas que usam o esporte como método de inclusão social foram criadas e têm dado frutos. Prova disso foram as campanhas realizadas durante os Jogos Paraolímpicos em 2016, em que os resultados obtidos deram ao Brasil alta colocação no ranking de medalhas. Acontecimentos dessa natureza trazem como consequência investimentos em projetos esportivos voltados a pessoas com necessidades especiais, principalmente após a Lei 13.146, sancionada em 2015, que coloca o esporte como forma de integração social além de outras medidas que têm como objetivo promover condições de igualdade e exercício dos direitos a essa parcela da população.    Além do âmbito esportivo, a educação também é vista como um método eficiente de inserção. De acordo com o Governo Federal, apenas 18% dos deficientes físicos formam o ensino médio e cerca de 61% não chegam a completar o ensino fundamental. Nesse sentido, escolas e universidades têm adotado medidas que auxiliem o contato do deficiente com a educação, como o ensino obrigatório de libras nos cursos de licenciatura e a contratação de tutores que dão assistência a alunos especiais em escolas particulares. O ambiente escolar é um dos principais locais de socialização, e por isso deve ser democrático e igualitário.    Torna-se evidente, portanto, que o ambiente escolar e esportivo são de extrema importância para a inclusão. Diante disso, o Estado pode atuar na criação de programas de esporte gratuitos para deficientes em centros esportivos e culturais, garantindo a igualdade nesse local. Ademais, a sociedade deve promover palestras e dinâmicas nas escolas, a fim de promover ainda mais a integração de pessoas deficientes desde a infância, destruindo as raízes de preconceito e discriminação plantadas há séculos  na sociedade.