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Enviada em: 10/08/2017

Desde os tempos remotos a sociedade é repleta de padrões sociais, marginalizando e excluindo aqueles diferentes, como é o caso dos portadores de deficiência. Atualmente, há uma mobilização maior para inclusão social dessas pessoas entretanto, direitos básicos que caracterizam a  sociedade, como educação e trabalho não são efetivamente garantidos.   Com a consolidação do sistema capitalista após a Guerra Fria o trabalho se tornou um bem maior do homem, o sociólogo Karl Marx discorreu sobre o assunto declarando que o trabalho é um bem inalienável do homem. Porém, para os portadores de necessidades especiais (PNE's) a inserção no mercado de trabalho é um desafio, apesar de haver na legislação brasileira uma lei de cotas, que exige de grandes empresas uma porcentagem variável entre 2% e 5% das vagas para portadores de alguma deficiência, essas empresas encontram dificuldade para preencher essas vagas devido a falta de escolaridade e qualificação profissional. Ainda, as empresas tendem a preencher as vagas referidas com portadores de deficiências consideradas mais leves, promovendo uma segregação dentro do próprio grupo dos PNE 's.   Desta forma, para haver inclusão efetiva no mercado de trabalho e consequentemente na sociedade é preciso que outras etapas, como a educação sejam cumpridas. Dados do censo de 2010 apontam que mais de 60% das pessoas com alguma deficiência não possuem nem ensino fundamental completo. Tal fator é justificado pela falta de uma educação inclusiva com profissionais capacitados e espaços físicos adequados para que o direito à educação seja garantido.   Em suma, a inclusão dos PNE's no mercado de trabalho, nas escolas e no convívio social é uma grande forma de contribuir para uma sociedade igualitária. Assim sendo, o ministério da educação em consonância com as esferas estaduais e municipais deve exigir que todas as instituições de ensino, público ou privado, adequem sua estrutura física para recepção de qualquer tipo de deficiência, e que todos os professores passem por qualificação profissional a fim de promover uma educação democrática. Ainda, é necessário a criação de um órgão fiscalizador que garanta que as vagas destinadas aos deficientes sejam preenchidas  e que sensibilize e incentive as empresas à acolher diferentes tipos e graus de deficiência, dando os primeiros passos para uma sociedade para vez mais inclusiva.