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Enviada em: 22/08/2017

Machado de Assis, em sua obra "Memórias Póstumas de Brás Cubas", demonstra a dificuldade da inclusão social de pessoas com deficiência, na qual a personagem Eugênia é rejeitada pelo protagonista por ser "coxa". Fora da literatura, a exclusão dos deficientes é uma realidade em nossa sociedade. Por isso, vencer o preconceito e a discriminação é a principal alternativa para a solução dessa problemática. Conforme o princípio da coercitividade defendido pelo sociólogo Émile Durkheim, o meio social determina as condutas do indivíduo. Nesse sentido, ao se deparar com alguém que a sociedade considera diferente, a maioria das pessoas tende a ignorá-lo e menosprezá-lo. Isso, em muitos casos, resulta no isolamento desses cidadãos, que tem seus direitos feridos, como por exemplo, a ausência de semáforos sonoros, pisos táteis e até mesmo rampas de acesso. Além disso, essa visão preconceituosa que interfere no ir e vir vem acompanhada da discriminação. Muitos colégios ainda não possuem acessibilidade, o que impede que essas pessoas com necessidades especiais tenham uma educação apropriada e de qualidade, não acompanhando crianças e jovens de sua idade. E por não receberem um estudo adequado, o mercado de trabalho se torna mais um obstáculo, pois, além das vagas não se enquadrarem, a interação social vivida por eles é mínima. Dessa forma, para superar esses entraves, algumas medidas podem ser tomadas. O governo deve investir na construção de sistemas de acesso próprios para deficientes visuais, físicos e auditivos nas cidades, de modo a minimizar as limitações impostas a eles em seu cotidiano. Ademais, o Ministério da Educação em parceria com o Ministério do Trabalho devem criar uma campanha de inclusão de jovens e adultos com deficiência no mercado de trabalho, para que os mesmos criem independência financeira. Somente assim teremos uma sociedade mais justa e igualitária.