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Enviada em: 22/08/2017

Ao longo do processo de formação da sociedade brasileira, pôde-se observar que a inclusão das pessoas com deficiência se deu de maneira lenta ao longo dos séculos. Segundo Emílio Figueira, autor de "Caminhando em silencio - uma introdução à trajetória das pessoas com deficiência no Brasil", o percurso desses indivíduos aconteceu baseada nos preceitos de exclusão e preconceito, uma vez que, possuir algum tipo de incapacidade estava intrinsecamente ligado a ser doente e desse modo ser tratado como tal, bem como, ser  visto com piedade e inferioridade pela população. Dessa logica excludente, que persiste até os dias atuais, se fortalece a necessidade de politicas de assistencialismo e inclusão, bem como o cumprimento das leis já existentes e avanços relacionados a infraestrutura e meio ambiente e incentivo ao esporte como fator de progressão.      É indubitável que, se o Estatuto da Pessoa com Deficiência, instituído à lei brasileira apenas em 2015, fosse cumprido na sua inteireza, o Brasil se tornaria país modelo. De acordo com o ultimo Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Pesquisa (IBGE), hodiernamente, 45 milhões de pessoas são portadoras de alguma necessidade especial, haja vista que, embora exista referido  estatuto, 61% de deficientes com  15 anos ou mais, não tem instrução ou possuem o ensino fundamental incompleto, dado que pode ser justificado, seja pela inacessibilidade à escola no que tange as dificuldades relacionadas a infraestrutura, seja pela incapacidade e falta de especialização dos professores, seja por sofrer discriminação no ambiente escolar.       Outrossim, é válido salientar a importância do esporte como fator inclusivo de grande relevância. Durante as Paraolimpíadas Rio 2016, muitos atletas brasileiros se destacaram. Motivo de orgulho para a família e para a pátria, visto que a medalha de ouro simboliza superação, bem como desmistifica o portador de necessidade especial como um ser incapaz e inválido para a sociedade. Seguindo essa linha, Daniel Dias tornou-se o maior nadador paraolímpico masculino do mundo, o que torna evidente a grande necessidade de incentivo fiscais ao esporte como impulsionador contra o preconceito.   Dessa maneira, o Brasil carece do fortalecimento nas politicas de assistencialismo e inclusão. Destarte, o governo federal, aliado à esfera estadual e municipal, deve exigir e fiscalizar o cumprimento das leis já existentes. O Ministério do Esporte, por meio de campanhas em nível nacional, deve incentivar à pratica de esportes, bem como, construir quadras poliesportivas que atendam de forma integral qualquer tipo de deficiência e estimular o ingresso. Além disso, passa a ser função das instituições de ensino criar projetos de integração e conscientização relacionadas a esta minoria, através de debates e palestras. Assim, esse fato social sera minimizado gradativamente no país.