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Enviada em: 17/08/2017

Ao analisar o tema referente às dificuldades que os portadores de necessidades especiais encontram na sociedade, vê-se que ele tem sido um problema ao longo dos anos. Tal fato deve-se principalmente a fatores históricos e sociais que, ao longo dos anos, deixaram tal grupo à margem da sociedade e sem visibilidade social.        Historicamente, durante a Segunda Guerra Mundial, com ascensão do Nazismo, o ódio disseminado a grupos considerados inferiores pelos alemães como, por exemplo, deficientes físicos, judeus, homossexuais entre outros, proporcionou um cenário de preconceito e discriminação, fato que se percebe em tempos atuais, visto que tornou-se comum associar a imagem do deficiente à ideia de incapacidade.             No Brasil, tal questão mostra-se ainda mais agravada, haja vista que, além do preconceito, o processo acelerado de urbanização no século XX deixou os portadores de necessidades especiais à parte da sociedade, uma vez que a maioria das cidades ainda não têm infraestrutura adequada para tal grupo e, principalmente, para aqueles que portam de alguma necessidade visual.              Nesse sentido, com a instauração da Constituição Cidadã de 1988, foi assegurado a todos os cidadãos o direito à isonomia. Assim sendo, no que se refere à condição dos portadores de necessidades especiais, o Estado tem, por obrigação, que garantir os processos de integração e inclusão social de tal grupo em ambientes como, por exemplo, escolas entre outros locais públicos. Contudo, tal fato ainda não é uma realidade na maioria das cidades industrializadas brasileiras.          Torna-se evidente, portanto, que o contexto das dificuldades encontradas por deficientes na sociedade brasileira é uma problemática a ser resolvida. Segundo Immanuel Kant: " O ser humano é aquilo que a educação faz dele." Dessa forma, o Ministério da Educação, junto com professores e psicólogos, poderia organizar palestras para os alunos, nas escolas, a fim de ressaltar o respeito às diferenças, a integração e diminuir os índices de preconceito. "A posteriori", o Ministério Público, aliado ao governo municipal e estadual, poderia destinar uma maior parcela dos impostos arrecadados para realizar  adaptações nas cidades como, por exemplo, a instalação de semáforos sonoros para os deficientes visuais e a construção de mais rampas destinadas aos cadeirantes. Talvez assim, o Brasil possa ter uma sociedade em que os conceitos de inclusão e integração social seja uma realidade.