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Enviada em: 21/08/2017

O surgimento dos Jogos Paraolímpicos, ainda no século XX, representou um grande avanço na inclusão social de pessoas com deficiência. Apesar do direito de participação que esse evento propicia, os deficientes ainda enfrentam, diariamente, diversos desafios acerca de sua plena integração e aceitação em sociedade. Fatores de ordem educacional, bem como cultural, caracterizam o dilema desses indivíduos atualmente.    É importante pontuar, de início, a ineficiência das escolas brasileiras em atender pessoas que apresentam alguma deficiência. À guisa do pensamento kantiano, o ser humano é tudo aquilo que a educação faz dele, assim, os deficientes, ao serem marginalizados do sistema educacional, carecem de oportunidades para adentrar o meio estudantil e, futuramente, o mercado de trabalho. Desde a superlotação das salas de aula até a escassez de professores, o espaço para indivíduos com deficiência é limitado ou ainda inexistente. Tal fato pode ser ratificado por pesquisas governamentais recentes, que apontaram que 60% dos deficientes apresentam nenhuma instrução escolar.     Outrossim, tem-se a histórica visão preconceituosa acerca desses indivíduos. Da perseguição nazista no século passado à discriminação da religião quanto à deficiência, as pessoas com problemas físicos ou mentais eram escondidas em suas casas. Essa realidade, porém, contrapõe princípios da sociologia que defendem a convivência com a diferença para gerar a aceitação. No contexto brasileiro, a ausência de estruturas adaptadas a essas pessoas nas cidades dificultam o seu pleno convívio com os demais cidadãos, contribuindo para a perpetuação da intolerância quanto a esse grupo.