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Enviada em: 22/08/2017

Minoria nas ruas, minoria nas escolas, minoria no mercado de trabalho. Esse é o cenário enfrentado por deficientes nos grandes centros urbanos brasileiros. Centros esses que se caracterizam como um mar de oportunidades ao qual nem todos conseguem ter acesso, seja pela falta de infraestrutura da cidade ou até mesmo pelo preconceito ainda presente na população. Desta maneira, cabe refletir acerca de como a exclusão social dos deficientes têm se mostrado no cotidiano e quais são suas causas.  Como prova da segregação sofrida por este grupo tem-se o ínfimo número de escolas que possuem preparação estrutural e corpo docente capaz de atender às demandas dessa parcela da população. Por conseguinte, o não convívio com outros indivíduos torna o dia a dia de um deficiente algo cada vez mais distante, o que leva ao preconceito.  Outrossim, o desconhecimento da rotina de um indivíduo portador de necessidades especiais e o subsequente preconceito em relação aos mesmos encontra-se também no âmbito trabalhista. Com isso, a minoria desse grupo no mercado de trabalho mostra que somente a implantação de cotas em concursos públicos não é o bastante, devendo-se garantir também o auxílio à permanência desses indivíduos nesses locais.  Posto isto, as Secretarias Estaduais de Educação devem mostrar-se atuantes. Com a realização de visitas periódicas sob pena de multa caso não tenha sido feita a implantação de rampas, corrimões, banheiros adaptados e a admissão de professores capacitados viabilizará o acesso de estudantes especiais, que está previsto como uma das diretrizes do Estatuto da Pessoa com Deficiência. Ademais, não só de medidas paliativas, sendo assim, o Ministério do Trabalho tem o seu papel na tomada de medidas de longo prazo. O órgão deve fiscalizar empresas e garantir que as mesmas cumpram com o percentual de funcionários deficientes previsto em lei. Destarte, pode-se caminhar para um Brasil onde o acesso às diferentes oportunidades é de fato para todos.