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Enviada em: 26/08/2017

De acordo com o artigo 1º do Estatuto da Pessoa com Deficiência, da qual o Brasil é signatário desde 2015, é destinada assegurar e promover, em condições de igualdade, os direitos e as liberdades fundamentais para as pessoas com deficiência. No entanto, passados quase 3 anos desse importante compromisso, a sociedade ainda vivencia a preocupante situação de inclusão social dos portadores de necessidades especiais. Nesse contexto, faz-se necessário buscar caminhos no intuito de não somente promover definitivamente os direitos de cidadão às pessoas especiais, mas também aperfeiçoar os mecanismos essenciais no cotidiano dos deficientes.            Um dos maiores patrimônios imateriais do Brasil é, sem dúvida, a sua pluralidade populacional, por conseguinte é essencial respeitar e, sobretudo, valorizar cada ser humano. Entretanto, a atual realidade contradiz essa lógica, pois, frequentemente, os meios de comunicação noticiam as dificuldades enfrentadas pela parte dos habitantes brasileiros que possuem deficiência motora e psicológica. Um exemplo disso, o site governamental Pessoa com Deficiência apontou que aproximadamente 70% dos portadores de necessidades especiais não possuem instrução e ensino fundamental completo. Dessa forma, é notável que em pleno século XXI essa parte dos cidadãos são vistos com discriminação levando-os a serem isolados do contexto social.       Em paralelo à questão dos direitos assegurados no Estatuto da Pessoa com Deficiência, é indispensável atribuir uma parcela de culpa aos governantes do Brasil em toda a sua história, visto que, em grandes centros urbanos há grande dificuldade de locomoção de cadeirantes, pois o meios urbano não possui infraestrutura adequada para o deslocamento seguro de pessoas que utilizam cadeiras de rodas. Além disso, vale ressaltar as poucas vagas para crianças com problemas especiais nas instituições de ensino, já que há poucos profissionais adequados para cuidados especiais neste ramo de trabalho. Logo, cabe ao Governo em parceria dos Estados e dos Municípios promover a criação de um estabelecimento de ensino especial em todo território nacional para essa parcela da população, mas também contribuír para reformas para um melhor suporte de estrutura das ruas brasileiras.             O respeito e a valorização dos portadores de deficiência através de mudanças nos mecanismos que dispõem as necessidades dessa população em prol de seu reconhecimento como cidadão e sua inclusão social são, portanto, os caminhos a serem trilhados pela sociedade. Para tanto, além das propostas anteriormente citadas, é indispensável a participação da mídia como influenciadora de mobilização dos brasileiros através da reflexão sobre os direitos dos deficientes. Por fim, é verídico o que diz o Papa Francisco já que os direitos humanos são violados sobretudo pela desigualdade social.