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Enviada em: 15/10/2017

É indubitável que o direito à acessibilidade não deve ser negado a nenhum cidadão brasileiro. Contudo, o Brasil ainda carece de meios que incluam integralmente os portadores de necessidades especiais. Assim, no que tange à inclusão social no panorama atual brasileiro é preciso que estas pessoas tenham seus direitos resguardados. Nesse contexto, segundo dados do site da Secretaria Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência, 61% dos portadores não têm instrução educacional ou não completaram o ensino fundamental. Desse modo, mais da metade das pessoas com deficiência não recebem instrução básica para serem inseridos no mercado de trabalho. Além disso, apenas 7% dessas conseguem completar o ensino superior. Entretanto, mesmo com ensino superior completo existe grande dificuldade de encontrar empregos com vagas adequadas ao perfil profissional alcançado. Sob este ângulo, a conjuntura brasileira na Educação, principalmente nos ensinos fundamental e médio demonstra fraco interesse na inclusão social das pessoas com necessidades especiais. Como exemplo disso, analisa-se a concentração de estudantes com algum tipo de deficiência em determinadas escolas, enquanto outras apresentam pouco ou nenhum preparo para recebê-los. Dessa maneira, é notável a exclusão desse grupo social no ambiente escolar. Outrossim, o próprio transporte escolar e a locomoção nas dependências escolares, em muitos casos, são precários, tornando, então, a situação ainda mais execrável. À vista dos dados expostos, e conforme o princípio da isonomia representado pela Constituição Federal vigente, se faz necessária a implementação de medidas que protejam este direito aos portadores de necessidades especiais. Por conseguinte, mediante o incentivo do poder público, pode ser conduzida a construção de vias de acesso para deficientes visuais, físicos e auditivos nas cidades. Também se faz necessária a preparação das escolas brasileiras para inclusão, com a aquisição de materiais adaptados e palestras gratuitas para que os alunos conheçam e sejam ensinados sobre importância da inclusão de todos no convívio escolar.  Destarte, as empresas também devem ser conscientizadas das necessidades de serem condizentes quanto à qualificação do profissional que preenche suas vagas de trabalho; e de inclusão social das pessoas com necessidades especiais, através de pronunciamentos da mídia conjuntamente ao governo federal. Por fim, com essas medidas será possível a abertura do diálogo sobre essa questão no mercado de trabalho e com a futura geração canarinha, reduzindo assim os efeitos da exclusão ainda presentes na sociedade brasileira.