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Enviada em: 30/08/2017

As leis que abrangem o tema da inclusão social para portadores de necessidades especiais não são novidade no Brasil, muitas delas tem mais de 20 anos, isso sem mencionar os diversos tratados internacionais que o país assinou se comprometendo com o tema. Mais recentemente, em 2015, foi aprovada no congresso nacional uma nova lei, popularmente conhecida como "Lei Romário" , que dispõe sobre diversos aspectos de promoção a inclusão de pessoas com deficiência. Percebe-se com isso os grandes avanços legais obtidos, porém , o grande desafio tem sido encontras alternativas para por tais medidas em prática.       Uma das áreas onde o acesso das pessoas com deficiência deve ter prioridade é a da educação, pois essa área é de suma importância na inserção social desse público como porta de entrada. Quando o portador de necessidades especiais encontra uma escola, curso ou universidade que lhe ofereça os mecanismos e adaptações básicas para seu aprendizado, ele tem a chance de se desenvolver como qualquer outro ser humano, além de obter o empoderamento da sua cidadania. Isso beneficiaria não só o individuo portador de deficiência mas também a todos que fazem parte daquele ambiente e aprendem a conviver com as diferenças.      Nesse contexto, outro ponto importante deve ser mencionado: a necessidade desse público de maior inserção no mercado de trabalho. Muitas empresas ainda tem receio de contratar portadores de deficiência, temendo que não sejam capazes de desempenhar devidamente suas funções. Hora, as diversas necessidades especiais podem ser de ordem física, mental ou intelectual, mas a grande maioria delas não incapacita o sujeito de desenvolver determinadas atividades. Infelizmente, o pré-conceito ainda impede muitos deficientes de exercerem profissões plenamente acessíveis a sua capacidade.         Perante o desafio da inclusão social de pessoas com necessidades especiais, é preciso a ação conjunta dos diversos setores da sociedade. Na esfera governamental, seria interessante que os poderes locais oferecessem abatimentos fiscais aos empresários que disponibilizassem uma porcentagem de seus cargos a portadores de deficiência, como forma de incentivo a contratação. Além disso o Terceiro Setor poderia investir em campanhas midiáticas que instruíssem esse público e seus familiares a como e onde exigirem seus direitos de acessibilidade em áreas primordiais como a da educação. O Brasil pode avançar mais com relação a essas conquistas sociais, isso será possível comum povo que reivindica e não se cala, afinal, como disse o ativista Martin Luther King : "não importa o que dizem os maus, mas sim o silêncio dos bons."