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Enviada em: 05/09/2017

As alternativas para inclusão social dos portadores de necessidades especiais é um tema que tem sido amplamente discutido. A preocupação está centrada na persistente discriminação e nas consequências disso para essa parcela da população. Desse modo, os seguintes aspectos devem ser analisados: questões socioeconômicas e postura do ser humano frente à problemática.      Desde os primórdios, a sociedade age de maneira a excluir e marginalizar portadores de necessidades especiais, privando-os de suas liberdades e de seus direitos como cidadãos. A ideia equivocada de que tais pessoas são menos capazes de viverem socialmente é uma das maiores causas da desigualdade no Brasil. Ainda que empresas disponibilizem vagas de emprego para deficientes, percebe-se que os cargos ofertados são, em sua maioria, de baixa categoria e oferecem pequenos salários. Além disso, esses trabalhadores são, em grande parte, os últimos a serem escolhidos como empregados e, muitas vezes, são os primeiros a serem demitidos. Tal cenário é, sem dúvida, preocupante e torna evidente que o desemprego é um dos maiores impasses para essas pessoas.         A temática está voltada também para as situações observadas no dia a dia. Calçadas sem estrutura adequada, carência de estacionamentos privativos, construções que impedem a passagem de cadeirantes. Esses são apenas alguns dos diversos fatores que dificultam o cotidiano de um deficiente físico, além de comprovarem a grande negligência da sociedade com o tema. O problema atinge, ainda, a população infantil, o que se confirma pela falta de estrutura nas escolas públicas e na ocorrência de atitudes preconceituosas por parte de outros alunos, agravando, por exemplo, transtornos psicológicos. Não são raras as vezes em que um deficiente físico passa a sofrer de depressão por ser excluído do restante da turma. Isso é, no mínimo, inaceitável.          Logo, pode-se afirmar que é fundamental investir em alternativas para a inclusão de pessoas com necessidades especiais. É indispensável, pois, que os órgãos públicos priorizem a arrecadação de verbas para melhorias em infraestrutura nas grandes cidades –como em calçadas-, de modo a facilitar o cotidiano de tais indivíduos. Ainda, é importante que as instituições de ensino organizem eventos, esportes e projetos que incluam crianças e adolescentes com deficiência, atentando para a necessidade de agir com respeito e igualdade. Somente assim, a sociedade poderá abandonar esses preconceitos historicamente enraizados.