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Enviada em: 06/09/2017

O físico Albert Einstein afirmava que é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito. Partindo desse pressuposto, ao analisar a exclusão social de pessoas deficientes no Brasil, percebe-se que tal premissa persiste no cotidiano. Sendo assim, cabe salientar seus potencializadores, como a aversão ao diferente, impregnada na sociedade brasileira, atrelado ao esteriótipo de incapacidade que paira sobre indivíduos com necessidades especiais.       Hodiernamente, a sociedade trata os deficientes, muitas vezes, de maneira discriminatória. Assevera-se isso com os mil anos de poderio da Igreja Católica sobre o continente europeu, Instituição esta, que associava-se os casos de deficiência aos castigos divinos, dentre o qual se estendeu ao continente latino. Nesse âmbito, a propagação de ideias preconceituosas acerca de deficientes deu-se de maneira paralela à colonização e formação da sociedade brasileira. Além disso, a biologia nos mostra com a teoria darwinista que nem sempre os mais fortes sobrevivem ao meio, mas o que melhor adapta-se às novas circunstâncias. Assim, lidar com a precária acessibilidade, por exemplo, ausência de vias aos cadeirantes, pela falta de verba do governo, torna-se um desafio recorrente à inclusão no corpo social.      Somado a isso, perpetua-se o esteriótipo de inabilidade aos portadores de deficiência. Evidencia-se isso pela opaca situação desse grupo minoritário no mercado de trabalho nacional, ao qual a ordem Legislativa determina uma pífia porcentagem de vagas por cotas – em torno de 2% a 5% – em que, majoritariamente, são trabalhos inferiores e de baixa remuneração comparado aos das demais categorias sociais. Dessa maneira, agrava-se a persistência de pensamentos que subestimam a capacidade dos deficientes, sendo tal conduta análoga aos preceitos e modelos vigentes da sociedade militar de Esparta, na Grécia Antiga, na qual após o nascimento, caso a criança apresentasse algum problema esteriótipo (físico), era considerada inábil às batalhas e, por conta disso, sacrificada. Não ao acaso, então, que são postos ao descaso e comparados a uma mácula ao meio social    Destarte, a reflexão de Albert Einstein encontra-se em vigor na sociedade brasileira, em que medidas urgem para combater o impasse do preconceito. Portanto, é dever não somente do Ministério da Educação capacitar professores ao atendimento especial, mas também, das escolas promover palestras e debates públicos ou em esferas privadas com intuito de incentivar e conscientizar o convívio com as diferenças. Ademais, a família, como principal alicerce social, deve garantir uma sólida educação ética e moral aos seus progenitores;  Ministério Público investir na criação de calçadas, Por fim, cabe a mídia, difusora de informação, protagonizar esses membros marginalizados. Somente assim, os deficientes poderão atenuar o lastro preconceituoso e potencializar à justiça e à isonomia.