Materiais:
Enviada em: 11/09/2017

Cristovão Tezza,em seu livro O Filho Eterno ,mostrou a triste realidade de pais que lutam por uma sociedade mais inclusiva para o filho com Síndrome de Down.Assim como essa família,milhares de brasileiros portadores de algum tipo de deficiência - seja física ou mental - sofre devido à insuficiente inclusão social.Diante disso,é essencial fomentar o respeito e à observância às leis que garante a acessibilidade,bem como ampliá-la.      É importante destacar que para a existência de uma sociedade de fato inclusiva é necessário,antes de mais nada,uma conscientização efetiva.Segundo à Lei de Lavoisier,na natureza nada se cria e nada se perde,tudo se transforma.No Brasil,observa-se o oposto dessa premissa,pois em vez de transformar as limitações de seus cidadãos para construir um país mais justo e equilibrado,ele exclui o que não lhe apraz.Tal fato se deve,sobretudo ,à mercantilização do ser,fortemente difundido a partir da Revolução Industrial,que apregoa o descarte daquilo que não é útil e lucrativo.Por essa ótica,entende-se o motivo pelo qual empresas não contratam com frequência deficientes e porque portadores de necessidades especiais sofrem tanta discriminação.       Vale destacar também que a ineficácia das leis juntamente com a pouca fiscalização sobre as já existentes dificultam a solidificação de uma sociedade inclusiva.Nos últimos vinte anos muitas leis foram criadas no Brasil com o intuito de garantir a acessibilidade e a inclusão social.Observa-se,todavia,que foram precárias os mecanismos que as efetivassem e ,por isso ,muitos deficientes tiveram seus direitos suprimidos.Um exemplo disso,é a lei que obriga estados e municípios a manterem as calçadas em condições adequadas para a circulação de cadeirantes,porém,a realidade revela o quão desniveladas e esburacadas elas são.    Urge,destarte,construir uma sociedade que priorize a acessibilidade e a inclusão.Para isso,o Ministério Público deve multar estados e municípios que desobedecem as leis que amparam os deficientes físicos e mentais,a fim de estimular o cumprimento das exigências legais.Concomitantemente,é essencial as escolas,por meio de peças teatrais,esporte e dinâmicas em grupo,ensinem que todos tem suas limitações e,assim,seja ensinado o respeito a si próprio e ao outro,como meio de formar cidadãos mais inclusivos.Por fim,as mídias telecomunicativas devem veicular campanhas publicitárias que combatam à discriminação aos deficientes.