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Enviada em: 13/09/2017

Os atletas participantes dos Jogos Paralímpicos de 2016 serviram como incentivo a toda sociedade pois mostraram que a deficiência física não é vista como limitação. No entanto, ao analisar a situação dos indivíduos portadores de necessidades especiais como um todo, a problemática instala-se na ineficácia das alternativas de inclusão social, seja por fatores políticos ou educacionais. Em 2015 o Brasil aprovou o Estatuto da Pessoa com Deficiência que visa primordialmente a inclusão e a igualdade de direitos. Porém, a efetivação da cidadania está ocorrendo de maneira leita pois ainda é notória a dificuldade dos deficientes no que tange a inserção no mercado de trabalho, uma vez que o ambiente da maioria das empresas e cidades não atende a Lei, impedindo a locomoção dos portadores pela falta de acessibilidade. Por outro lado, apesar de ser garantido pela Legislação destinar 5% das vagas a esse grupo, o mercado exige qualificação profissional, e infelizmente 93% dos deficientes não conseguiriam preencher as vagas pela falta de formação. É preciso analisar ainda os efeitos da aprovação da lei na educação. O número de alunos com deficiência frequentando escolas comuns aumentou 6,5 vezes devido as mudanças na legislação segundo o Censo Escolar do Inep. Entretanto, a inclusão escolar ainda enfrenta obstáculos para ser absoluta, em virtude da falta de capacitação específica por parte dos educadores, assim como na insuficiência de materiais didáticos próprios aos portadores de necessidades especiais.  Fica evidente, portanto, que medidas são necessárias para estabelecer a inclusão social dos deficientes. A prefeitura de cada cidade juntamente com as empresas devem se responsabilizar pela adequação do ambiente físico, como na melhoria das calçadas e instalação de rampas para melhor circulação dos cadeirantes. Além disso, o Ministério da Educação deve promover uma escola mais inclusiva, oferecendo cursos de capacitação para atendimento aos alunos especiais, fazendo necessária ainda por parte do Governo investimentos na tecnologia com a criação de aplicativos capazes de auxiliar o aprendizado e o desenvolvimento da capacidade cognitiva. Assim, os indivíduos portadores de necessidades especiais serão mais inclusos na sociedade e mostrarão que a deficiência não é uma limitação para eles.