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Enviada em: 19/09/2017

Desde as civilizações medievais até os indígenas mais recentes, havia uma cultura de exclusão e abandono de crianças deficientes.Ela eram vistas como um mau sinal ou como um aviso de castigo para o povo. Atualmente, os empecilhos que circundam o dia-a-dia de uma pessoa deficiente podem ser comparados a um castigo,fruto do descaso social. Entretanto, as alternativas de inclusão da pessoa com deficiência tem como entraves a dificuldade ao acesso à educação e ao mercado de trabalho. Em uma primeira análise, o acesso à educação é um direito garantido pela Constituição. Porém, a realidade é que muitas escolas, tanto públicas quanto particulares, não apresentam estrutura física capaz de assistir ao aluno especial. Da mesma forma, o professor não está preparado para lidar com os diversos tipos de deficiência na sala de aula. Por causa disso, apenas 7% dos portadores de deficiência conseguiram ter acesso ao nível superior, segundo a Folha. Além disso, o preconceito enraizado na sociedade é um agravante, pois a coletividade tende a associar sentimentos de dó e de inferioridade com o deficiente. O filme Intocáveis mostra a relação entre um homem que por causa de um acidente fica tetraplégico e sua busca por um cuidador que o trate de forma igualitária. Dessa forma, a dignidade da pessoa deficiente só será resgatada se houver uma mudança cultural na sociedade. Em uma segunda análise, não ter acesso à educação impossibilita o acesso ao mercado de trabalho. Embora haja leis que obriguem a contratação de deficientes, a falta de preparo deles vinculada à dificuldade de acesso ao ensino torna essa lei insuficiente. Além disso, a dificuldade de circulação do deficiente é altíssima e ignorada pelo governo a cada buraco ou a cada ônibus despreparado para recebê-los. O livro ensaio sobre a cegueira mostra uma população que fica cega sem explicação e que à medida que isso se agrava os instintos mais primitivos do homem são aflorados na busca por suas necessidades básicas. Isso posto, o direito diz que deve-se tratar os iguais de forma igual e os desiguais na medida de suas desigualdades. Dessa forma, a "cegueira" instaurada no corpo social torna inviável o parecer do direito, e o ir e vir diário em uma caminhada primitiva e desumana. Portanto, garantir o acesso à educação para a pessoa deficiente é o caminho para a igualdade. Para isso o Governo Federal, Estadual e Municipal, conjuntamente devem trabalhar para assegurar que a estrutura de escolas e universidades abarca a todos os públicos. O MEC deve implantar nos cursos de graduação, aulas referentes à comunicação para alunos especiais e garantir que todas as escolas terão uma equipe de apoio ao aluno especial. As empresas pode ampliar o uso de aplicativos para deficientes que avisem, por exemplo, em quais paradas há deficientes. A escola pode fazer palestras alertando os alunos e a comunidade que a maior deficiência, é o preconceito.