Materiais:
Enviada em: 23/09/2017

Segundo o princípio da isonomia, previsto na Constituição Federal, todos os brasileiros são iguais perante à lei. Assim, portadores de necessidades especiais também devem receber os mesmo direitos que qualquer outro cidadão e, acima de tudo, ter as mínimas condições para ter uma vida digna. Contudo, a realidade brasileira apresenta grande dificuldade de incluir socialmente pessoas com deficiência, seja nas escolas seja no mercado de trabalho.       Em primeiro lugar, observa-se que ao longo da história incluir portadores de necessidades especiais nunca foi uma prioridade. Os espartanos, por exemplo, matavam as crianças que apresentassem alguma anomalia. Atualmente, pouco mudou para melhorar a vida de pessoas com deficiência, destaca-se as escolas brasileiras que são extremamente despreparadas para atender essa parte da população. Nota-se a ausência de professores que ensinem em libras e um número limitado de livros didáticos em braile, o que impossibilita surdos e cegos de compartilhar o mesmo ambiente escolar das demais crianças.       Acresce que essa precariedade de ensino inclusivo reflete-se no futuro profissional de pessoas com deficiência, pois poucas conseguem cursar o ensino superior. Inclusive, poucos vestibulares oferecem atendimento especial e específico para pessoas com necessidades especiais como provas em braile, tradutor-intérprete ou acessibilidade ao local de prova. Além disso, pela falta de convivência com pessoas deficientes, muitos empregadores têm receio em contratá-las por achar que são incapazes ou menos produtivas que os demais candidatos. Diante disso, a inclusão social torna-se cada vez mais distante da realidade e alternativas para mudar esse cenário são essenciais.       Conclui-se que é necessário aprimorar diversos setores da sociedade para oferecer mais qualidade de vida e dignidade às pessoas com deficiência. Portanto, urge que o Ministério da Educação exija que todas as escolas tenham intérpretes para alunos surdos e todo sistema de ensino brasileiro possua livros didáticos em braile. Também é essencial que todas as provas de vestibulares e concursos, independente de serem públicos ou privados, sigam regras de inclusão para pessoas com necessidades especiais, oferecendo igualdade de acesso e resolução dos exercícios a todos os participantes. Além disso, é importante que o Ministério do Trabalho fiscalize veementemente as empresas para que cumpram com a regra de inclusão de pessoas com deficiência. Destarte, é possível aplicar uma força de mudança a esse sistema inercial e promover alterações na estrutura social para melhor integrar pessoas com necessidades especiais, respeitando, assim, a isonomia de cada cidadão brasileiro.