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Enviada em: 25/09/2017

Tudo é relativo          O físico alemão Albert Einstein disse certa vez: ''A menos que modifiquemos a nossa maneira de pensar, não seremos capazes de resolver os problemas causados pela forma como nos acostumamos a ver o mundo''. Quem sabe nos dias de hoje, ele compreendesse melhor seu pensamento, visto que muitas pessoas tratam a questão da inclusão social dos portadores de necessidades especiais como um caso isolado da sociedade brasileira. Entretanto, ao fazer uma análise mais consistente, entende-se que fatores comportamentais e sociais convergem para essa problemática no Brasil.       Em uma primeira abordagem, destaca-se a principal causa dessa exclusão social: a discriminação. Segundo Einstein, é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito. Isso porque para muitos indivíduos, o problema só existe para aqueles com deficiência e suas famílias. Por conseguinte, a sociedade fica livre de qualquer responsabilidade e compromisso para com o desmonte desses comportamentos preconceituosos. Nesse sentido, a maioria das dificuldades enfrentadas pelas pessoas com deficiência surge da forma como a sociedade trata as limitações físicas ou intelectuais de cada indivíduo. Dessa forma, ao mudar o modo de pensar e retirar as barreiras de acesso, a relação de desigualdade se torna parcial ou, até mesmo, extinta.      Segundo o pai da teoria da relatividade, a liberação da energia atômica mudou tudo, menos nossa maneira de pensar. Nesse perspectiva, o modelo social é a forma contemporânea de se pensar nas pessoas com deficiência. Isso em razão dele estar associado ao desenvolvimento inclusivo e à ética da diversidade, que se opõe a uniformidade e privilegia ambientes diferentes, além de promover toda e qualquer diferença entre pessoas. Assim, cada um, da forma como é, colabora com o seu saber e suas aptidões em benefício de todos. Desse modo, do ponto de vista da ética da diversidade, essas pessoas não representam um deslize da natureza que criou seres que precisam ser aceitos ou tolerados.    Fica evidente, portanto, que a mudança de comportamento em relação a inclusão social dos portadores de necessidades especiais precisa ser permanente no Brasil. Logo, é necessário que o Governo Federal, em parceria com estados e municípios, crie uma política efetiva de inclusão, por meio de especialistas na área, a fim de proporcionar planos integrados de acessibilidade para preservar os direitos dos portadores de deficiência. Ademais, cabe a sociedade civil mudar o olhar através de um trabalho de sensibilização contínuo e permanente, com o auxílio de instituições que já atingiram esse grau efetivo de compromisso para a inclusão de mais pessoas com deficiência junto às escolas e ao mercado de trabalho. Assim, Albert Einstein vangloriar-se-ia de mais essa teoria.