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Enviada em: 30/09/2017

Atenção Especial      Na série de quadrinhos "Turma da Mônica", portadores de necessidades especiais são representados através de Lucca, um menino paraplégico, Dorinha, uma menina cega, e Tati, a qual possui Síndrome de Down. Embora estejam presentes nas histórias infantis, essa parcela da população, frequentemente, sofre com o descaso, a discriminação e a negação de direitos.     Em primeira análise, observa-se que os deficientes são, por vezes, desconsiderados como cidadãos pela sociedade. Ao longo da história, esses eram considerados defeituosos ou má sorte por comunidades indígenas e na Europa medieval. A imagem negativa criada no passado acarreta manifestações de preconceito e negligência. Contudo, ao retratar as dificuldades diárias desse grupo, a mídia sensibiliza e conscientiza as pessoas. A novela "Viver a vida", por exemplo, abordou a adaptação de Luciana, jovem tetraplégica, aos desafios cotidianos.      Ademais, é imprescindível que tais indivíduos tenham acesso à educação e ao mercado de trabalho. Entretanto, a acessibilidade ainda impede o cumprimento do Estatuto da Pessoa com Deficiência, cujo objetivo é garantir direitos e o exercício da cidadania aos portadores de necessidades especiais. A maioria dos locais carece de infraestrutura, como rampas e sinalização, e preparo para recebê-los. Sem acesso a ambientes profissionais ou de ensino, o processo de socialização secundária é prejudicado. O conceito, proposto por Pierre Bourdieu, refere-se à obtenção de normas e hábitos diferentes dos passados pela família.     Portanto, medidas para incluir pessoas com deficiência são necessárias. O Ministério da Educação deve realizar obras para adaptação das instituições de ensino a fim de dar livre circulação a todos, além de treinar professores para lidar com deficientes. A mídia pode veicular campanhas, as quais estimulem a empatia e o respeito com tal parcela do corpo social. A atenção especial é o primeiro passo para a igualdade.